AS ETAPAS DA COSTA RICA PARA ABDICAR DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS E DESCARBONIZAR O PAÍS.

A Costa Rica anunciou o lançamento do Plano Nacional de Descarbonização para estimular o desenvolvimento sustentável no país, que possa combater o aquecimento global, com metas previstas para 2035 e para 2050

O Governo da Costa Rica se compromete em pôr um ponto final nos combustíveis fósseis no país para o ano 2050. Para alcançar este objetivo, foram estabelecidas algumas metas, especialmente na oferta de mobilidade e transporte público e privado, além de outras na gestão dos resíduos e em algumas práticas em setores de desenvolvimento.

Este conjunto de metas está detalhado no Plano Nacional de Descarbonização, apresentado no dia 24 de fevereiro, com a presença do presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado. Ele chamou o plano de “grande desafio da nossa geração”. “É um compromisso que assumimos como Governo mas no qual todos devemos participar”, disse o presidente.

O evento foi conduzido pela líder da negociação do Acordo de Paris para a Mudança Climática, Christiana Figueres. Segundo Figueres, “Costa Rica vem sendo pioneira em muitos esforços, mas ficaram para trás em duas duras realidades: combater a mudança climática e apostar no desenvolvimento social e econômico”, afirma.

O Plano Nacional de Descarbonização prevê a execução de uma estratégia em 10 eixos com duas metas concretas, estabelecidas para cada proposta. A primeira meta prevê um primeiro avanço para o ano 2030 e a segunda, para 2050. Assim, a evolução do plano acontece de maneira progressiva. Os 10 eixos estratégicos são:

1. Desenvolver um sistema de transporte público e mobilidade alimentada por energias limpas, com um incremento de pelo menos 10% das mobilizações não motorizadas.
2. Transformar de maneira progressiva a frota de veículos do país para obter automóveis com zero emissões. O país espera implementar uma extensa rede de recarga elétrica em todo o país com infraestrutura complementária para tecnologias limpas.
3. Reduzir o impacto ambiental do transporte de carga no país favorecendo a adoção de tecnologias de eficiência energética
4. Consolidar um sistema elétrico nacional capaz de abastecer e administrar a energia renovável a custo competitivo para os usuários. Melhorar a gestão eficiente dos clientes e territórios a partir da digitalização dos processos institucionais e comerciais.
5. Desenvolver edifícios, tanto de uso comercial, residencial e institucional, com técnicas de alta eficiência e baixas emissões.
6. Modernizar o setor industrial através da aplicação de processos elétricos, sustentáveis e mais eficientes.
7. Desenvolver um sistema de gestão integrada de resíduos baseado na separação, reutilização, revalorização e disposição final com máxima eficiência e energias limpas.
8. Apoiar a adoção de tecnologia alimentaria eficiente e baixa em carbono que gere bens de exportação e também para o consumo local.
9. Consolidar modelos reconhecidos na área de eficiência produtiva e diminuição de gases de efeito estufa.
10. Consolidação de um modelo de gestão de territórios rurais, urbanos e costeiros que permita a proteção da biodiversidade, o incremento e a manutenção das florestas e ecossistemas.