ÁREAS DESTRUÍDAS DA AMAZÔNIA ENCONTRAM ESPÉCIES RARAS E AMEAÇADAS.

Expedição na Amazônia registrou animais pouco observados na borda dos desmatamentos. Cientistas
descobrem acampamentos de caçadores e denunciam a ação de madeireiras ilegais em Unidades de
Conservação.

Sob o ruído de motoserras derrubando cedros e ipês nos arredores, pesquisadores registraram em Rondônia, uma diversidade de animais que faz justiça a posição da Amazônia-legal como a mais rica
floresta do planeta. Rondônia, é o terceiro estado que mais desmata no Brasil, ainda assim, numa
expedição de apenas 12 dias, foram catalogadas espécies de macacos raros, uma nova espécie de
anfíbio e uma variedade pouco comum de boto-rosa.


Um mundo longe da civilização e logo ao lado de uma das maiores frentes de desmatamento em
curso do país.

A satisfação dos cientistas com as descobertas só não supera o temor de que tudo isso desaparecerá
à medida que o abate da floresta avança.

O grupo de pesquisadores encontrou nas bordas do desmatamento, uma biodiversidade acima das
expectativas. O objetivo era documentar os animais, principalmente os mamíferos da estação ecológica de Samuel.
Com cerca de 71mil hectares de floresta, ela fica às margens do rio Jamari, na região do alto Madeira,
é uma área ainda preservada, mas colada ao arco do desmatamento, com apenas 50 km que separam
do povoado mais próximo e o rio é o acesso possível.

Nessas águas vive o boto-cor-de-rosa-do-sul-da-amazônia,  poucas vezes avistado. Existem antas e
suas predadoras onças-pintadas, o maior felino das Américas. Na mata, uma população de micos-ronden, espécie rara. No céu, bandos de araras azuis e vermelhas e o gavião-belo.

Novas observações e registros de novas espécies são esperadas mais tarde, os pesquisadores prepararam "armadilhas fotográficas" e pretendem continuar a coleta e anilhamento de novas amostras.

No momento, as maiores ameaças a toda essa fauna exuberante, são as madereiras ilegais e os acampamentos encontrados na mata, de caçadores em Unidades de Conservação, a presença
de caçadores aumenta e fomenta o tráfico de animais silvestres. É preciso coibir os crimes ambientais.

Comentários

  1. Ao lado do barulho das moto-serras abatendo cedros e ipês, cientistas registram uma enorme
    diversidade de animais em Rondônia, na Amazônia-legal.

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