O BRASIL É O PAÍS QUE MAIS ACELERA A MORTE DE SEUS RIOS.

Os rios no Brasil são tão maltratados por dois motivos: primeiro, a falsa ideia de abundância da água, que o Brasil é o país que tem a maior quantidade de água doce do planeta, e que por isso podemos nos dar ao luxo de desperdiçar. A poluição por falta de saneamento básico é o pior desperdício de recursos naturais.

Os rios são espelhos do desenvolvimento humano; se nossas grandes cidades tem rios poluídos e degradados isso é falta de desenvolvimento socioambiental e sustentável.

Os dois principais institutos federais responsáveis por fiscalizar o cumprimento da legislação ambiental no país sofrem com insuficiência de profissionais. Dos 780 fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), 43% estão deslocados para outras funções. Já no ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), há apenas 300 fiscais atuantes, de um total de 939 nomeados.
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Segundo Malu Ribeiro, especialista em Água da Fundação SOS Mata Atlântica e integrante da expedição ao Paraopeba, um rio é considerado sem vida quando seu nível de oxigênio é muito baixo. “Ele fica sem condições de abrigar qualquer tipo de vida, principalmente aquática, como peixes e todo esse ecossistema.

O parâmetro que define essa condição se chama concentração de oxigênio dissolvido. Sistemas aquáticos produzem e consomem oxigênio, cuja quantidade depende de fatores como temperatura, pressão atmosférica e presença de sais.

 A exposição prolongada a concentrações abaixo de 2 miligramas por litro pode matar a maior parte dos organismos na água. De acordo com a equipe do SOS Mata Atlântica, o nível de oxigenação do Paraopeba ficou próximo de zero.

Outro indicador que tem impacto na vida de um rio é a turbidez, ou seja, a medida da transparência de um líquido que em condições normais seria claro. Quanto mais turva a água, menos luz consegue passar, comprometendo a fotossíntese essencial para o ecossistema subaquático.

Em novembro de 2015, o rio Doce foi considerado oficialmente morto. Afetada pelos rejeitos despejados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), a água do rio ficou carregada de partículas de metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro e mercúrio, segundo análises da época. As áreas atingidas do rio ainda não se recuperaram.

Outra morte de rio ligada a uma mineradora foi confirmada em 4 de fevereiro de 2019. O rio Murucupi, em Barcarena, no Pará, foi avaliado por especialistas da Universidade Federal do Pará. Com a cor esbranquiçada, o Murucupi foi atingido duplamente: em 2007, com um vazamento da empresa francesa Imerys, e em 2018, com o escoamento irregular de rejeitos de bauxita da mineradora norueguesa Norsk Hyd

Comentários

  1. Um rio é considerado "morto" quando a concentração de oxigênio na água é tão baixa que
    a fauna aquática começa a morrer asfixiada. No Brasil, nenhum dos quase 300 rios, possui
    uma condição ótima de qualidade da água.

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