PROJETO PARA SALVAR OS ÚLTIMOS MICOS-LEÃO-DA-CARA-PRETA TERÁ 18 MESES.

Existem apenas 400 exemplares de mico-leão-da-cara-preta vivos, segundo estimativas de cientistas.  A espécie corre o risco de ser extinta e está classificada como ‘em perigo’ pela Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente. Um dos principais fatores que ameaçam a existência da espécie é a redução de seu habitat, destruído pela ação humana.

Para reverter esse cenário, foi criado o Projeto de Conservação do mico-leão-da-cara-preta, que tem o objetivo de realizar ações para proteger a espécie com base no Plano de Ação Nacional (PAN), programa que contempla 13 espécies de primatas da Mata Atlântica ameaçadas de extinção.

Resultado de imagem para mico leão da cara preta
O projeto foi iniciado em fevereiro deste ano e tem duração prevista de 18 meses. A princípio, serão três fases de ação: fazer a estimativa da ocupação atual da espécie, monitoramento de ocupação em toda a área de distribuição; obter dados da espécie, saber como utilizam o local e qual é seu estado de preservação; apoiar a gestão do Parque Estadual do Lagamar de Cananéia (SP) e do Parque Nacional de Superagui (PR), locais importantes em que a maioria dos animais vivem.

Segundo Rafael Sezerban, técnico em conservação da natureza da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e participante do projeto, a espécie está especialmente ameaçada por conta da fragmentação de seu habitat, o que pode ocasionar dificuldades para a reprodução dessa população e problemas com a variabilidade genética dos animais. 

“Essa espécie é endêmica da Mata Atlântica e só ocorre justamente entre o extremo sul de São Paulo e extremo norte do Paraná, somente em planícies e regiões litorâneas”, explica. 

Sezerban ainda explica que ajudar a proteger a espécie seria uma forma de proteger outros animais da região, além de ser um indicador de qualidade do ambiente. “Queremos que esse projeto se torne o símbolo de conservação. A proteção dessa espécie protege todo o ambiente e todos os animais que vivem lá.” 

A iniciativa também terá apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e do Primate Action Fund, e auxílio de instituições parceiras como a Fundação Florestal de São Paulo, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Plataforma  Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fiocruz, o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPEC), a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).










Comentários

  1. O projeto também é uma oportunidade de preservar outras espécies da Mata Atlântica,
    uma vez que o ecossistema monitorado afasta a perturbação pela ação antrópica.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Nossa intenção é proporcionar aos leitores, uma experiência atualizada sobre os fatos globais que possam ser discutidos
e possam provocar reflexões sobre o modelo de sustentabilidade
que desejamos adotar para garantir agora e no futuro a qualidade
de vida para todas as espécies da Terra.