A expedição Tara Oceans percorreu os oceanos, numa escuna, recolhendo diferentes amostras de água. Os resultados são surpreendentes. O estudo conseguiu descobrir 200 mil espécies desconhecidas espalhadas por cinco áreas: o oceano Ártico, o oceano Antártico, as águas superficiais e temperadas próximas dos trópicos, as camadas intermediárias com profundidade situada entre 150 metros e 1000 metros, e as regiões mais profundas que chegam ao chão marítimo (com micróbios coletados a até 4 mil metros de profundidade).
Foram descobertas 200 mil espécies de vírus marítimos desconhecidos, durante estudos realizados entre 2009 e 2013, em todos os oceanos do planeta.
A expedição localizou uma presença mais abundante nas águas temperadas e nas proximidades do Equador, onde ocorrem mudanças rápidas provocadas pela mudança climática.
Entre os novos vírus descobertos, os cientistas afirmam que 90% deles representam um mistério já que não se sabe quais são os efeitos sobre outros organismos ou para o meio ambiente. Os pesquisadores conseguiram avaliar 1% dos patógenos.
Entre os desafios desta nova descoberta está a classificação destas formas de vida, já que muitas não seguem padrões conhecidos da taxonomia. Muitas delas são completamente novas para a ciência.
Os pesquisadores publicaram ontem um catálogo com estes patógenos na revista científica Cell. O estudo, comandado pelo microbiologista da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, Matthew Sullivan, mostra que estes vírus absorvem metade do dióxido de carbono que os seres humanos lançam na atmosfera.
“Os vírus provavelmente controla esse processo que mitiga o impacto climático dos seres humanos. Precisamos entendê-los para não curto-circuitar suas atividades”, afirmou Sullivan.
Mais de 200 mil espécies novas de vírus foram coletadas por expedição marítima
ResponderExcluire publicadas na revista Cells.