Uma das maiores ameaças aos nossos oceanos é a pesca fantasma. Ou seja, quando equipamentos de pesca, como anzóis e redes, são deixados no mar e acabam, enroscando, engolidos ou ferindo animais.
“Dez por cento do lixo plástico marinho que entra nos oceanos todos os anos é equipamento de pesca perdido ou abandonado nos mares. E esses materiais, por terem sido desenhados para fazer captura, eles têm uma capacidade de capturar e gerar um sofrimento nos animais, com impacto em conservação”, explica o gerente de vida silvestre da ONG Proteção Animal Mundial, João Almeida.
Segundo um estudo da ONG, a cada ano 800 mil toneladas de equipamentos ou fragmentos de equipamentos de pesca, chamados de petrechos, são perdidos ou descartados nos oceanos de todo o planeta. Essa quantidade representa 10% de todo o plástico que entra no oceano. No Brasil, estima-se que 580 quilos desse tipo de material seja perdido ou descartado no mar todos os dias.
Foi avaliada a atuação das grandes empresas pescado e suas políticas contra a pesca fantasma. A versão internacional do relatório elencou 25 empresas de pescado em cinco níveis. Sendo o nível 1 representando a aplicação das melhores práticas e o nível 5 com empresas não engajadas com a solução do problema. Nenhuma das 25 empresas analisadas atingiram o nível 1.
Pesca Fantasma no Brasil:
O Brasil possui uma costa extensa com 7.379 quilômetros. No entanto, apenas São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro possuem estudos consistentes, sobre a pesca fantasma.
De acordo com o estudo, “juntando todos os dados disponíveis em pesquisas científicas, relatos de agências de mergulho e ações de limpeza de praia da ONU Meio Ambiente, pode-se dizer que petrechos fantasmas já foram relatados em 12 dos 17 estados da costa do país, o que representa 70% do nosso litoral”.
Segundo o levantamento, existem cerca 580 quilos de redes perdidas em nossa costa. Levando em consideração apenas este tipo de material, cerca de 69 mil animais podem ser impactados. Dentre eles, botos cor-de-rosa, tartarugas-oliva, baleias jubarte e garoupas. Sendo todos estes animais em perigo de extinção.
O relatório teve a colaboração da ONU Meio Ambiente, do WWF e do Instituto Baleia Jubarte.
Cerca de 10% do plástico dos oceanos é composto de petrechos pesqueiros que se perdem no mar e representam o que chamamos de pesca fantasma.
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