As infestações estão aumentando em todo o mundo, mas as pragas estão se tornando resistentes a alguns produtos químicos.
Agora os cientistas encontraram 14 genes associados a várias mudanças biológicas.
Estes incluem o desenvolvimento de uma pele mais espessa que impede a penetração de venenos e mutações que impedem que as toxinas atinjam o sistema nervoso.
O estudo, publicado na revista Scientific Reports , também sugere que alguns dos insetos estão produzindo níveis mais altos de enzimas que ajudam a metabolizar inseticidas mais rapidamente.
Outros genes estão associados a proteínas que interferem na forma como os produtos químicos mortais são transportados em volta dos corpos dos percevejos.
Subba Palli, professor de entomologia da Universidade de Kentucky, nos EUA, e autor do estudo, disse que os insetos resistentes usavam uma combinação desses truques moleculares.
"Alguns usaram quatro mecanismos diferentes, uns três e assim por diante", explicou ele.
"Percevejos estão empregando mais de um mecanismo de resistência para evitar a toxicidade de inseticidas."
Sobreviventes da natureza
Percevejos estão presentes em todo o mundo, mas nos últimos anos a Europa, os EUA, o Canadá e a Austrália viram um enorme afluxo deles.
Os insetos se alimentam do sangue de suas vítimas adormecidas, deixando vergões avermelhados e com coceira como cartão de visita.
Eles são uma das pragas mais difíceis de se livrar. Desocupar sua cama - ou mesmo em casa - não ajudará, pois os insetos podem sobreviver por meses sem comida, escondendo-se até que a refeição retorne.
A exposição direta a inseticidas - os mais amplamente utilizados são compostos orgânicos sintéticos chamados piretróides - já foi uma maneira eficaz de matar as pragas. Mas não mais.
Prof Palli disse que os percevejos tinham desenvolvido vários sistemas biológicos para evitar a morte por veneno.
Estudando 21 populações de insetos, que haviam sido coletadas de apartamentos infestados perto da universidade, a equipe descobriu que os genes associados à resistência a piretróides estavam localizados na dura camada exterior dos percevejos.
"Estamos formulando a hipótese de que ter esses genes expressos na epiderme proporcionará uma primeira linha de defesa à medida que os inseticidas penetram na pele", explicou ele.
A equipe disse que as descobertas podem ajudar os cientistas a desenvolver novos produtos químicos mais eficazes.
Estes poderiam contornar o arsenal molecular dos percevejos ou interferir com os genes associados à resistência a inseticidas.
Mas até que estes sejam criados, os exterminadores estão tendo que recorrer a outros meios para vencer os bugs.
O professor Palli explicou: "Em lugares como a Índia, eles não são tratados como pragas de grandes problemas ... As pessoas arrastam seus móveis para o Sol ... e os insetos saem e morrem com o calor".
Agora, nos EUA, explicou, os exterminadores estão empregando táticas similares quando confrontados com as piores infestações.
"A melhor opção agora é aquecer o local até 90-100F (30-35C) para que os insetos saiam e morram", explicou.
"Eles tiram todos os móveis e aquecem a casa. Essa parece ser a maneira de exterminá-los se a infestação for ruim."
Uma das pragas mais difíceis de eliminar são os percevejos, eles estão espalhados
ResponderExcluirpor todos os países e são difíceis de combater até com inseticidas.