A INDÚSTRIA ECOLÓGICA TEM CHANCES DE NEGÓCIOS COM A ECONOMIA CIRCULAR.

Manter o valor dos produtos pelo maior período possível e reincorporá-los à cadeia de consumo de outras formas em vez de descartá-los. Essa é a lógica em expansão nas empresas que estabelecem a economia circular como um modelo de transição ao tradicional e linear formato de extração, produção, consumo e descarte.

Para Sérgio Monforte, especialista de Políticas e Indústria da Gerência Executiva de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse modelo cresce como uma alternativa para tratar falhas de mercado existentes na economia clássica. O tema foi debatido no Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan, em 04/06.

“Nos últimos 30 anos, houve 40% de aumento na melhoria de processos produtivos das empresas. Em contrapartida, tivemos um aumento de demanda de 150% e a tendência é que esse número cresça ainda mais. Se continuarmos pensando o modelo econômico da mesma forma, as reservas naturais e os recursos vão se esgotar”, alertou Monforte.

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De acordo com ele, o modelo de economia circular traz oportunidades para a indústria, como redução do custo de materiais e do uso de recursos primários por meio do reúso, remanufatura e reciclagem, fortalecimento das cadeias produtivas e criação de novos negócios. Já os desafios, baseiam-se nas limitações de infraestrutura e na falta de incentivos.

“Um dos grandes problemas que hoje enfrentamos para evoluir na economia circular é em relação ao sistema tributário. Quando uma indústria reutiliza materiais ela é tributada novamente e isso desmotiva o uso de reciclados. Precisamos de ajustes para potencializar essas novas cadeias produtivas”, criticou Monforte.
Economia circular na prática.

Gabriel Muller, engenheiro de Projetos da Braskem, explicou como atuam dentro da lógica de economia circular em seus produtos e processos. A empresa identifica resinas que reduzem o impacto ambiental em suas aplicações, cria soluções renováveis que reduzem a emissão de gás carbônico na atmosfera e desenvolve sistemas de reciclagem e programas de logística reversa, aumentando a eficiência, a reciclagem e o reúso.

“Quando entramos num âmbito novo como economia circular, que é algo que ‘conversa’ há muito tempo com a ecologia industrial, mas ainda é novidade para se instaurar completamente, temos inúmeros desafios. 

O principal que enfrentamos é a questão da colaboração e entendimento de que todos os players envolvidos precisam trabalhar juntos. Dessa forma seria muito mais fácil potencializar esse modelo”, disse o engenheiro.

No âmbito regulatório, a Firjan tem focado no combate às barreiras impeditivas para a economia circular e a gestão de resíduos, além de questões tributárias e contratuais, estabelecendo diálogo com os principais órgãos ambientais.

 “Este é um item extremamente importante e fundamental para a nossa sobrevivência. Estamos num processo evolutivo de alta tecnologia para facilitar a economia circular, mas todos os atores da sociedade precisam colaborar”, concluiu Isaac Plachta, presidente do Conselho.

Comentários

  1. A Economia Circular cria soluções renováveis para reduzir as emissões de gases estufa, menos
    gasto de energia, reciclagem e reuso de matérias-primas, com o máximo de eficiência.

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