Os especialistas acreditam que, no atual ritmo de aquecimento global, a temperatura subirá cerca de 3 graus Celsius nos próximos 30 anos. defendem que, se nada for feito, as mudanças climáticas podem levar ao colapso da civilização humana até 2050.
"Há um risco existencial para a civilização [...] com consequências negativas permanentes para a humanidade que nunca poderão ser desfeitas, aniquilando a vida inteligente permanentemente — ou reduzindo drasticamente seu potencial", escrevem. Dentre os responsáveis pelo relatório estão um antigo executivo da indústria petrolífera e o ex-ministro da defesa australiano, Chris Barrie.

Nesse cenário futuro, explicam os autores, o mundo ficará preso em uma "Terra de estufa", onde 35% da área terrestre global e 55% da população mundial estarão sujeitos a mais de 20 dias por ano de "condições letais de calor". Os ecossistemas entrarão em colapso, incluindo os recifes de corais, a Floresta Amazônica e o Ártico.
A América do Norte, por exemplo, sofrerá incêndios devastadores, ondas de calor e secas, e na Ásia grandes rios serão severamente reduzidos, assim como a disponibilidade de água em todo o mundo, afetando cerca de 2 bilhões de pessoas.
Enquanto isso, na América Central, as chuvas diminuirão pela metade e a agricultura não será viável nos subtrópicos secos. Condições semipermanentes do El Niño prevalecerão e ondas de calor mortais persistirão em algumas áreas por mais de 100 dias por ano — 1 bilhão de pessoas precisarão se mudar desses locais.
"Esse cenário fornece um vislumbre de um mundo de 'caos total' em um caminho para o fim da civilização humana e da sociedade moderna como a conhecemos em que os desafios à segurança global são simplesmente esmagadores e pânico político se torna a norma", argumentam os autores.
Os especialistas apontam como solução uma estratégia de produção com zero carbono que seja mundial, industrial e econômica,e foque menos nos modelos climáticos e mais no planejamento de cenários extremos: "Para reduzir esse risco e proteger a civilização humana, uma enorme mobilização global de recursos é necessária na próxima década para construir um sistema industrial de emissões zero e preparar a restauração de um clima seguro".
Embora os modelos climáticos sejam úteis para estudos, o documento ressalta que essas ferramentas muitas vezes erram por excesso de cautela e concentram-se nos resultados intermediários. Ao ignorar as possibilidades de alta impacto é, portanto, se preparar mal para um evento catastrófico inesperado — mesmo que sua chance de ocorrer seja pequena.
Estudo afirma que precisamos seguir na direção de um sistema de carbono zero para garantir
ResponderExcluirum clima seguro para nossa existência.