ÁREAS DEGRADADAS CAUSAM ESCASSEZ DE RECURSOS NATURAIS E MIGRAÇÕES FORÇADAS.

Desertificação, degradação da terra e seca são grandes ameaças que afetam milhões de pessoas em todo o mundo”, alerta António Guterres, secretário-geral da ONU. Segundo ele, está na hora de mudar essas tendências, que impactam, principalmente, mulheres e crianças. Além disso, a degradação da qualidade do solo é responsável por uma redução do produto interno bruto (PIB) de até 8% ao ano. A proteção e a restauração da  terra pode “reduzir a migração forçada, melhorar a segurança alimentar e estimular o crescimento econômico”, bem como ajudar a resolver a “emergência climática global”, conclui Guterres.
   
PERDA DE SOLO FÉRTIL Seca na Amazônia foto de Ana Cintia Gazzelli do WWF

O solo é parte fundamental para a sobrevivência do planeta. Graças a ele temos alimentos, ar, água, roupa e tudo o que precisamos. Porém, segundo uma nova publicação da ONU, o mundo perde anualmente 24 bilhões de toneladas de terra fértil.

Em 2025, segundo a ONU, dois terços do mundo estarão vivendo em condições de escassez de água – com a demanda ultrapassando a oferta em determinados períodos – com 1,8 bilhão de pessoas sofrendo escassez absoluta de água, onde os recursos hídricos naturais de uma região são inadequados para suprir a demanda.
A migração deve aumentar como resultado da desertificação, com estimativa de que até 2045, ela será responsável pelo deslocamento de cerca de 135 milhões de pessoas.
Restaurar o solo de terras degradadas, no entanto, pode ser uma arma importante na luta contra a crise climática. Com o setor de uso da terra representando quase 25% do total de emissões globais, a restauração de terras degradadas tem o potencial de armazenar até 3 milhões de toneladas de carbono anualmente.
A importância de assegurar que a terra seja bem gerida é observada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que declara que “estamos determinados a proteger o planeta da degradação, incluindo por meio do consumo e produção sustentáveis, gerindo de forma sustentável os seus recursos naturais e adotando ações urgentes sobre as mudanças climáticas, para que possa apoiar as necessidades das gerações atuais e futuras”.
“A desertificação e a seca aumentam a escassez de água num momento em que 2 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável – e mais de 3 bilhões podem enfrentar uma situação semelhante até 2050”, alerta Audrey Azoulay, chefe da UNESCO, segundo ela o planeta vive “uma crise global de desertificação, que afeta mais de 165 países”.

Comentários

  1. Em um período em que se verifica uma crise climática, o mundo perde 24 bilhões de
    solo fértil/ano, comprometendo ainda mais a produção de recursos naturais de que
    tanto dependemos para sobreviver.

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