LAMPEJOS DE LUZ DOS VAGA-LUMES É ESTUDADO PARA FABRICAÇÃO DE LÂMPADAS SUSTENTÁVEIS.

As lâmpadas são responsáveis por 5% do aquecimento global. Cientistas buscam soluções sustentáveis observando o mecanismo de brilho usado pelos vaga-lumes.

Na natureza, encontram-se respostas para muitos problemas que temos, e de onde a ciência tira grande parte de suas descobertas e invenções. Um exemplo é o que ocorre com os estudos realizados com os vaga-lumes Photuris.
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Pesquisadores, em conjunto com laboratórios, pesquisam formas de reduzir o consumo de lâmpadas elétricas a partir do funcionamento desta espécie. Estes insetos, os machos, atraem as suas companheiras produzindo lampejos de luz durante a noite, a partir de um órgão situado abaixo do abdômen.
Este mecanismo usado pelos vaga-lumes machos foi descoberto pelo físico belga Jean Pol Vigneron e vem sendo usado por uma equipe de pesquisadores internacionais como possível resposta para melhorar a eficiência das lâmpadas LED.
O vaga-lume Photuris apresenta escamas irregulares que fazem com que o brilho aumente, e a partir deste conhecimento, foi possível imitar a estrutura natural para criar uma linha superior da luz de LED e aumentar o brilho em até 50%.
“O aspecto mais importante deste trabalho é que ele mostra o quanto podemos aprender observando cuidadosamente a natureza”, disse Annick Bay, pesquisadora da Universidade de Namur que estuda estruturas fotônicas naturais de insetos variados.
A partir de uma reação química, que ocorre em células especializadas chamadas fotócitos, os vaga-lumes conseguem criar luz. Sua superfície contem uma geometria específica formada de cutículas que consegue diminuir os reflexos internos e faz com que a luz alcance com mais eficiência às vaga-lumes fêmeas.
Segundo a pesquisadora, esta superfície seria similar à forma de telhado de fábrica. “As pontas das balanças se projetam e têm inclinação”, afirma. “No início, achamos que as estruturas nanométricas menores seriam mais importantes, mas surpreendentemente, no final, descobrimos que a estrutura que foi a mais eficaz para melhorar a extração de luz foi essa em grande escala”, explicou.

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