Os piores índices do Rio Iguaçu estão em regiões com alta interferência humana. Neste locais foi encontrada grande presença de agrotóxicos e fertilizantes e despejo de esgoto sem tratamento no rio. Além disso, a expedição detectou também a ausência de vegetação nativa em diversos trechos do curso.
“A soma dessas agressões faz com que o rio só apresente a qualidade da água como boa e ótima em dois pontos de coleta, justamente dentro da área protegida pelos Parque Nacional do Iguaçu, do lado do Brasil e da Argentina”, explica Malu Ribeiro.
O Rio Iguaçu dá origem a um dos principais cartões postais do Brasil, as Cataratas do Iguaçu. Mas, o que não se sabia, é que esta beleza natural está em estado de alerta. Seis pontos do curso do rio, de 21 analisados, possuem água com qualidade ruim.
A informação é de um relatório da Fundação SOS Mata Atlântica, que realizou uma expedição por todo o curso do rio, desde a sua formação, em Curitiba, até a foz do rio Paraná, em Foz do Iguaçu (PR). Ao todo, mais de 1 mil quilômetro de rio foi percorrido, passando por mais de 40 cidades.
De acordo com o estudo, a parte mais prejudicada do Rio Iguaçu se encontra em seu início, na região de Curitiba. E a situação menos preocupante do rio é na área de proteção do Parque Nacional do Iguaçu.
Segundo Malu Ribeiro, coordenadora do Programa Águas da Mata Atlântica, o Rio Iguaçu apresenta as piores condições do Brasil. “É a pior classe de água existente no país. São águas totalmente impróprias, que não têm limites para o lançamento de efluentes. Então, um dos objetivos de termos realizado nessa expedição foi a eminente ameaça do Estado do Paraná rebaixar o enquadramento das águas do Rio Iguaçu e de outras bacias paranaenses, o trecho que lhe cabe, que pertence ao seu território para a classe 4. Isso significaria condenar o Iguaçu, que já está na UTI, à morte em vários trechos”.
A expedição foi realizada em parceria com a Universidade de São Caetano do Sul. Todas as análises levaram em consideração os Indicadores de Qualidade da Água estabelecidos no Brasil por meio de norma legal (Conama 357). Além disso, foram levados em conta indicadores físicos, químicos, biológicos, bacteriológicos e de metais pesados.
Uma expedição próxima da Foz do Iguaçu até a sua cabeceira, identificou a
ResponderExcluirlenta agonia e morte do rio Iguaçu. As pesquisas podem comprovar o dano
ambiental pela ação humana.