CHINESES SÃO CURIOSOS, INVESTEM EM PESQUISA E ALMEJAM O 1º LUGAR DO MUNDO EM CIÊNCIA.

Na China, a universidade é comandada pela Academia Chinesa de Ciências, que colabora na definição de planos de desenvolvimento em ciência e tecnologia.
Larissa Santos é moradora da cidade de Hefei, a mais de mil quilômetros de distância de Pequim, a brasiliense chama a atenção da população local quando conta que é professora da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, considerada uma das três principais instituições de ensino superior do país asiático.

“Os chineses são muito curiosos. Eles ficam bastante impressionados pelo fato de eu ser professora. As pessoas respeitam muito, diferentemente do que ocorre no Brasil”, afirma a física, que se formou na Universidade de Brasília (UNB), fez pós-graduação no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), fez doutorado e pós-doutorado na Itália e completou seu segundo pós-doutorado no país da Grande Muralha. “Vai fazer cinco anos que estou aqui. E vou ficar por muito mais, sem previsão de volta.”

A decisão da brasileira não é por acaso. Nas últimas décadas, a China deixou a condição de país essencialmente rural para tornar-se uma potência econômica, com a expansão das indústrias e empresas multinacionais. Agora, o objetivo chinês é conquistar a hegemonia mundial não só na economia como também no desenvolvimento de projetos de ponta em ciência e tecnologia.

“Chegou um momento em que os chineses se deram conta de que sua liderança na Ásia e em escala mundial dependeria de algo mais do que atrair fábricas para o país: exercer o chamado soft power”, diz Petrônio Noronha de Souza, coordenador de Gestão Científica e Tecnológica do Inpe, que estabeleceu um acordo de 30 anos com os chineses para o desenvolvimento do satélite sino-brasileiro CBERS.

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Souza explica o conceito de soft power, normalmente utilizado na linguagem diplomática. “Os EUA são o que são não apenas por uma questão de ser potência militar — há uma cultura. E a tecnologia faz com que eles tenham proeminência. Os chineses chegaram a essa conclusão.”

O atual presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Augusto Teixeira de Moura relembra um episódio que ajuda a exemplificar como os planos chineses para a ciência tornaram-se realidade em pouco tempo. Em 2005, época em que a exploração espacial vivia um período de relativa estagnação, a delegação chinesa que participava de uma conferência na Europa apresentava planos ambiciosos: entre as conquistas, a China afirmava que até 2020 construiria uma estação espacial. 

“Quando o mundo todo estava com dificuldade de manter uma estação espacial, vieram os chineses dizendo que teriam a sua própria. Muitos devem ter torcido o nariz. Mas as coisas foram realmente acontecendo”, afirma Moura.

Comentários

  1. A China desponta na área de Ciência como uma das maiores potencias mundiais e investe
    pesado em pesquisa, projetos e educação. Seu programa espacial também já decolou.

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