MAIS DE 100 PRAIAS COBERTAS DE ÓLEO AFETA A FAUNA MARINHA NO NORDESTE DO BRASIL.

Há indícios que o petróleo que está poluindo as praias nordestinas têm a mesma origem e são de fora do Brasil. 

Desde o fim de setembro, ao menos 105 praias de 48 municípios do Nordeste foram atingidas por manchas de óleo. Enquanto sua origem continua desconhecida, seus impactos são claros: ao menos seis tartatugas e um pássaro morreram por conta do piche. Com apoio do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, o Ibama está investigando o que causou as manchas de óleo. 

“Esse tipo de acidente nunca tinha acontecido aqui no Brasil. Normalmente, as manchas de origem desconhecida, que é o caso dessa, são de pequeno impacto e abrangem só um estado. É a primeira vez que a gente está vendo um acidente, sem poluidor conhecido, atingir tantos estados”, disse a coordenadora geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo, em comunicado. 

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Também de acordo com o Ibama, embora novos focos tenham surgido em regiões como o Maranhão, a situação parece ter se estabilizado em alguns estados, como o Rio Grande do Norte. Contudo, isso não significa que a vida marinha esteja menos ameaçadas. 

Algumas das localidades afetadas gravemente pelo vazamento de pretróleo são importantes pontos turísticos do Brasil, como Barreirinhas, onde ficam os Lençóis Maranhenses (MA), Porto de Galinhas, no Pernambuco, e Jijoca de Jericoacoara, no Ceará. "A gente orienta aos banhistas que não tenham contato com esse óleo e que se o encontrarem em alguma praia, que façam contato com os órgãos públicos indicando o local em que foram encontradas”, disse Pirillo. A recomendação também vale para moradores e pescadores locais.

"Tem sido desesperador encontrar esses animais nesse estado. O sentimento de impotência em relação a essas enormes manchas de piche no litoral é assustador e é preciso que alguma posição do poder público seja tomada".

O Ibama orienta que, caso algum animal seja encontrado coberto por piche ou encalhado, é necessário contatar especialistas imediatamente. Na verdade, o ideal é comunicar algum instituto especializado em proteção animal, como a do Projeto Cetáceos da Costa Branca, no Rio Grande do Norte. 

O animal encontrado também não pode ser alimentado ou hidratado por quem não é especializado. "Ele não deve ser lavado ou devolvido ao mar antes da avaliação veterinária", destacam. Segundo as autoridades, banhistas e pescadores devem evitar o contato com o óleo, que pode ser tóxico.

Isolar a área próxima ao animal também é indicado, tal como evitar fazer barulhos e movimentos bruscos que possam estressá-lo. Além disso, enquanto os especialistas não chegarem ao local, pode-se proteger o animal do sol com um guarda-sol ou um pano limpo.

Comentários

  1. Esse tipo de acidente é raro no país, mas deixa os analistas ambientais preocupados com
    os animais marinhos que podem morrer e muitas das localidades são pontos turísticos
    de muitos municípios dos estados do nordeste e o óleo derramado desfigura a paisagem
    além de ser um produto tóxico.

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