EMPRESAS BUSCAM SOLUÇÕES DE INVESTIMENTOS PARA A DESCARBONIZAÇÃO DA ECONOMIA.

O estudo, realizado com o apoio do WWF-Brasil e CDP (Carbon Disclosure Program) América Latina, baseia-se nas respostas de 61 companhias brasileiras e multinacionais com operações no país, que representam cerca de 90% do capital comercializado em bolsa de valor no Brasil. Em sua segunda edição, a pesquisa mostrou que o entendimento dos impactos climáticos pela lente financeira tem contribuído para que as companhias materializem as oportunidades associadas.



Ainda que de maneira estimada, em 2018, elas reportaram oportunidades que representam impactos financeiros positivos de US$ 124 bilhões, com um investimento necessário para materializá-las de US$ 17,5 bilhões. Enquanto os riscos apresentaram impactos negativos de US$ 45 bilhões.

“Ou seja, há uma justificativa empresarial clara para investimento em soluções que contribuam para a descarbonização da economia”, disse Marina Grossi, presidente do CEBDS. Muitas empresas já perceberam isso e estão direcionando investimentos em pesquisa e desenvolvimento de soluções de baixo carbono, sendo que o montante total destinado a este fim em 2018 foi de US$ 7,7 bilhões.


“O estudo mostra também um entendimento crescente das empresas de que a crise climática ameaça a estabilidade financeira dos negócios”, observou Alexandre Prado, Diretor de Economia Verde do WWF-Brasil. De acordo com o Relatório de Riscos Globais 2019, do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), a mudança do clima aparece direta ou indiretamente associada a três dos cinco riscos globais mais prováveis e a quatro dos cinco riscos globais com maior impacto negativo. Neste caso, risco global é definido como um evento incerto ou condição que, se ocorrer, poderia impactar negativamente várias indústrias e países nos próximos 10 anos.


O estudo mostra que 32% das empresas brasileiras adotam metas baseadas na ciência e 33% fazem a precificação interna de carbono. Ou seja, estão voluntariamente atribuindo preços para suas emissões como forma de gerir riscos e oportunidades associados ao clima. Outras 21% pretendem fazer a precificação interna nos próximos dois anos.


“Os resultados das empresas revelados neste estudo demonstram que enfrentar a mudança do clima representa mais oportunidades do que riscos para o Brasil. Em resumo, é financeiramente mais vantajoso fazer investimentos para materializar essas oportunidades do que gerir os impactos negativos das mudanças clima”.


PRINCIPAIS RESULTADOS DO ESTUDO
• 83% identificam riscos associados às mudanças climáticas.
• 85% identificam oportunidades associadas às mudanças climáticas.
• 93% integram mudança do clima à estratégia de negócios.
• 68% fazem uso de cenários climáticos.
• 30% desenvolveram um plano de descarbonização e 10% têm um plano de descarbonização em desenvolvimento a ser finalizado nos próximos 2 anos.
• 33% utilizam precificação interna de carbono. Outras 21% pretendem fazê-los nos próximos 2 anos.
• 32% se comprometeram com uma meta baseada na ciência.
• Empresas analisadas investiram um total de US$ 7,7 bilhões em P&D de baixo carbono.

Comentários

  1. As empresas investem em pesquisas que possibilitem encontrar soluções para a descarbonização e melhorar o ambiente econômico.

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