NO DIA MUNDIAL DO SOLO A GESTÃO SUSTENTÁVEL PARA EVITAR A SUA DEGRADAÇÃO É PRIORIDADE.

Ontem, dia 5 de dezembro, celebrou-se o Dia Mundial dos Solos. A data serviu como um lembrete para analisar e melhorar a maneira como usamos a terra.

Da terra vem nossos alimentos, ou os alimentos que alimentam os nossos alimentos. Na terra estão os ingredientes básicos de uma alimentação saudável, e é a estrutura mais importante do ecossistema.

Mas a erosão que vem degradando os solos, afetando a qualidade e a quantidade dos nutrientes, poderia ser um grave problema para as sociedades futuras. Embora a erosão seja um elemento mais dos ciclos naturais, as atividades humanas conseguiram ampliá-la com a sobrecarga de exploração e má uso da terra.

Os riscos são grandes, e poderia chegar a reduzir pela metade o rendimento das plantações, segundo a Organização da ONU par a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Estima-se que que para o ano 2050, mais de 90% de todos os solos do planeta poderiam estar desgastados. Se as previsões se confirmam, poderá haver mais casos de desnutrição, aumento de doenças transmitidas pela água por falta de água limpa, doenças respiratórias com aumento de pó atmosférico e liberação de contaminantes, e o aumento da migração de diversas populações.

Mas os solos também nos dão oportunidades, já que o cuidado sustentável em pouco tempo poderá ter efeitos a longo prazo. Em alguns lugares do mundo, inclusive, as taxas de desertificação diminuíram nas últimas décadas. Com a prática da gestão sustentável dos solos, é possível conter a erosão.

Neste ano, a FAO lançou uma publicação com 100 páginas, que analisa os conhecimentos atuais sobre a erosão do solo. Além disso, sugere práticas de mitigação como o uso de coberta vegetal para melhorar a capacidade de absorção de água. Esta camada vegetal poderia estar formada de arbustos, pastos, árvores e cultivos rasteiros.