MANEJO DO PIRARUCU PRESERVA O MAIOR PEIXE LACUSTRE DA AMAZÔNIA.

O pirarucu vem se recuperando da exploração massiva dos pescadores. Segundo pesquisador, este peixe é crucial para a conservação da Amazônia brasileira.

O peixe pirarucu, Arapaima gigas, pode ultrapassar os três metros de comprimento e pesar até 250 quilos. Ele habita as águas fluviais e lacustres do Brasil, encontrado geralmente na bacia Amazônica, em águas mais calmas.


Além de necessitar colocar a cabeça para fora para respirar, o peixe macho deve cuidar das crias, especialmente nos primeiros seis meses.
Apesar da resistência deste animal, por suas próprias características, a ação de pescadores vêm deixando a espécie ameaçada e em muitos lugares, suas populações foram dizimadas. O biólogo João Campos-Silva vem analisando o desenvolvimento deste peixe a partir de pescas sustentáveis, e a importância dele para a própria Amazônia.
“O pirarucu foi superexplorado no último século até quase a extinção, mas a resposta das comunidades indígenas, organizando-se para protege-lo em seu território, fez com que o peixe se recuperasse bem e seja abundante nesses lugares, em que é monitorado”, conta Campos-Silva numa entrevista ao jornal El País.
O biólogo trabalha há 12 anos na região, junto com comunidades indígenas do estado do Amazonas. Como comenta, o peixe tem um valor simbólico muito importante para algumas comunidades indígenas, como por exemplo, os Deni, povo composto por mais de 600 tribos.
Ele conta ainda que estas comunidades buscam criar um mercado exportador do peixe. Parece contraditório, mas a questão que ele ressalta é de criar uma meio de economia sustentável para estes grupos. “Os projetos e políticas de conservação devem fazer sentido para as comunidades que vivem na Amazônica, elas precisam perceber que a conservação melhora suas vidas”, diz.
Ele acredita que o maior desafio é pode conciliar o bem-estar destas populações com a conservação da biodiversidade.

Comentários

  1. O peixe Pirarucu é importante para a própria Amazônia, índios e ribeirinhos querem exportar
    o peixe e criar um mercado que melhore suas vidas sem deixar de pensar na conservação de
    toda biodiversidade da floresta.

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