POR FAVOR, NÃO DISCRIMINEM QUEM VAI VIVER OU MORRER POR COVID-19.

Com os avanços da medicina, cada vez mais se atrasa o relógio biológico, com pessoas outrora chamadas e consideradas velhas hoje enfrentando novas situações que podem implicar a descoberta de novas identidades, novos reencontros e oportunidades. Como mostra a antropóloga Guita Debert, “é preciso considerar que mudanças ocorridas no curso da vida que caracterizam a experiência contemporânea, e levam à criação de uma série de etapas intermediárias entre a idade adulta e a velhice, como a ‘meia-idade’, a ‘terceira idade’.





Até mesmo “juventude” deixou de descrever uma faixa etária precisa, ou uma qualidade em si. É antes um valor que pode estar presente e ser buscado em diferentes momentos da vida, por meio de formas de consumo e estilos adequados de vida.

Ao longo da história, ocorreram verdadeiros ciclos; momentos em que os idosos foram valorizados e outros em que foram transformados em cargas pesadas nos ombros das populações mais jovens. De toda maneira, o envelhecimento populacional pode ser considerado um fenômeno novo na humanidade. Com a diminuição da natalidade, o declínio da mortalidade, as vacinações, o saneamento básico e os avanços da medicina, a verdade é que as pessoas têm vivido mais.

Os que apontam que os idosos estarão prontos para morrer pela pandemia, revelam total falta de solidariedade: “Infelizmente, teremos algumas mortes, paciência, acontece e vamos tocar o barco. Vão morrer alguns pelo Covid-19.


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