Zezico Guajajara fazia parte do Guardiões da Amazônia, grupo de patrulha da floresta. Era também diretor do Centro de Educação Indígena Azuru e líder de seu povo os Guajajaras e dos indígenas isolados do povo Awá.
Ele vivia na Terra Indígena Arariboia, de acordo com o Cimi, dos mil hectares da terra, 35% já foram destruídos pelos madeireiros. Seria essa a principal luta de Zezico.
“Onde o Estado se omite, o genocídio indígena avança”. Assim se inicia o depoimento de Carlos Frederico Marés, jurista e ex-presidente da Funai, sobre o assassinato do líder indígena Zezico Guajajara.
Zezico, líder da Terra Indígena Arariboia, foi morto a tiros próximo ao município de Arames (MA), no dia 31 de março. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ele é o quinto guajajara morto em 5 meses. Desde 2000, 49 indígenas da etnia foram assassinados e nenhum crime foi solucionado.
As circunstâncias da morte ainda não são claras, mas os Guardiões da Amazônia, como Zezico Guajajara, são frequentemente ameaçados pelos madeireiros, garimpeiros e fazendeiros da região. Já que, são esses guardiões que investigam e expulsam trabalhadores ilegais das florestas, quando muitas vezes o Estado falha.
Zezico, havia enviado em janeiro uma carta à Funai, alertando sobre as ameaças que ele e outros líderes estavam recebendo. Mas nenhuma providência foi tomada, pois, segundo a Funai, essa era apenas uma “disputa indígena” e ele deveria então fazer um Boletim de Ocorrência, conforme mostra a apuração do Repórter Brasil.
Entidades indígenas utilizam seus meios de comunicação para criticar veementemente a justificativa e isenção da Funai. De acordo com eles, independente do contexto – se briga interna, ou confronto com exploradores – como órgão indigenista oficial do Brasil, eles deveriam analisar quaisquer tipos de ameaças à lideranças.
Um índio guardião da floresta morre por invasão de madeireiros
ResponderExcluirem suas terras, dentro da floresta. Parece que foi morto a mando
de donos de serralherias clandestinas.