A CATÁSTROFE AMBIENTAL EM ESCALA GLOBAL JÁ COMEÇOU.

Após a segunda guerra mundial, Albert Einstein foi apenas um dos que reagiram reivindicando um governo mundial. Naquele momento não houve uma compreensão do fato, mas uma segunda e não menos decisiva nova era estava começando — uma era geológica chamada Antropoceno. É uma época definida pelo extremo impacto humano sobre o meio ambiente.

O Antropoceno e a era nuclear coincidem; trata-se de uma dupla ameaça à perpetuação da vida humana organizada. Ambas as ameaças são graves e iminentes. É amplamente reconhecido que entramos no período da sexta extinção em massa.
De modo geral, atribui-se a quinta extinção, ocorrida 66 milhões de anos atrás, a um asteroide, um enorme asteroide que atingiu a Terra destruindo 75% das espécies. Isso pôs fim à era dos dinossauros e abriu caminho para a ascensão de pequenos mamíferos — e, finalmente, dos humanos, cerca de 200 mil anos atrás.

 Na sexta extinção, gerada pelo homem e que está a pleno vapor, os animais maiores são mortos de forma desproporcional.



Nossos primeiros ancestrais foram os proto-humanos. Esses hominídeos eram uma espécie predatória que causou danos significativos a grandes organismos, apagou do mapa muitos deles e quase deu cabo de si mesma. Faz muito tempo que não se coloca em dúvida a capacidade de os humanos destruírem uns aos outros em grande escala.
Os pesquisadores citam um relatório de julho do ano passado (2016), de acordo com o qual as partículas de CO₂ atingiram mais de 400 partes por milhão (ppm), e o nível está subindo a um ritmo sem precedentes no registro geológico. Estudos subsequentes revelaram que esse número não era uma flutuação. Ele parece ser permanente, uma base para crescimento ainda maior, e esta cifra, 400 ppm, tem sido considerada um fator crítico, um ponto em que a segurança dá lugar ao perigo.

Chega perigosamente perto do nível estimado de estabilidade do enorme manto de gelo da Antártida. O colapso da geleira continental teria consequências catastróficas para o nível dos mares, e esses processos já estão em andamento.

 Todos os anos, aproximadamente 31,5 milhões de pessoas são obrigadas a se deslocar por causa de desastres como inundações e tempestades, e isso é um efeito previsto do aquecimento global; é quase uma pessoa por segundo. É um contingente consideravelmente maior que as levas que fogem das guerras e do terrorismo. Os números estão fadados a aumentar à medida que as geleiras derretem e o nível do mar sobe, ameaçando o abastecimento de água de milhões de pessoas.

O derretimento das geleiras do Himalaia pode eliminar o suprimento de água para o sul da Ásia, o que significa impactar vários bilhões de pessoas. Somente em Bangladesh, dezenas de milhões devem fugir nas próximas décadas por causa do aumento do nível do mar, uma vez que se trata de uma planície costeira baixa e plana. É uma crise de refugiados que fará com que a crise migratória de hoje se torne insignificante, e é apenas o começo. Com alguma justiça, os principais cientistas climáticos de Bangladesh já afirmaram que esses migrantes deveriam ter o direito de se mudar para países de onde todos esses gases de efeito estufa estão vindo — e que milhões deveriam poder seguir para os Estados Unidos, algo que suscita uma questão moral nem um pouco trivial.

Essa situação deveria ser considerada profundamente alarmante para qualquer pessoa preocupada com o destino da espécie e das outras espécies que estamos destruindo de forma irresponsável e com a maior naturalidade. Essa condição não está num futuro longínquo, está acontecendo agora — e vai se agravar acentuadamente.        Recomendo e-book: Resíduos Plásticos-Parte de uma
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