O modo como às pessoas vivem altera-se ao longo do tempo, com consequências das formas de organização da sociedade, o que vai transformar as condições de adoecer e de manter ou recuperar a saúde. Esses processos de organização social e interação com o ambiente vão ser fatores determinantes das condições de saúde e de suas variações ao longo do tempo.
O homem sempre viveu e ainda deverá viver sob os riscos de exposição a doenças das mais diversas vertentes. O clima envolve todo o contexto para a vida na Terra, as mudanças climáticas globais e as oscilações que vem sendo apresentadas afetam todos os aspectos da vida. O clima está mudando muito rapidamente e a comunidade científica alerta para uma mudança mais abrupta futuramente.
Todas essas modificações trazem consigo a preocupação com eventos climáticos de grande monta e ao mesmo tempo imprevisíveis, mas altamente destrutivos exigindo do setor da saúde pública um posicionamento preventivo e ao mesmo tempo eficaz, no momento em que tal venha a ocorrer.
As mudanças climáticas estão entre as maiores ameaças aos direitos humanos de nossa geração, colocando em risco os direitos fundamentais da vida, saúde, alimentação e o adequado padrão de vida dos indivíduos e comunidades em todo o mundo. A tecnologia desempenha um importante papel nas sociedades atuais, porém, sem um forte envolvimento político e institucional.
As consequências das mudanças climáticas tais como, estiagens, degradação de ecossistemas, aumento do nível do mar, aumento de temperaturas, entre outras, afetam a produção de alimentos, as cadeias produtivas, a segurança habitacional e as condições sanitárias e de saúde, interferindo diretamente na vida de cada cidadão.
Avaliar os impactos das mudanças climáticas na saúde humana não é um processo fácil, é necessário levar-se em conta diversos fatores. Os impactos sobre a saúde que as mudanças climáticas podem produzir são diversos, têm-se os impactos que podem ser percebidos de modo direto, como às ondas de calor ou eventos extremos como furacões, inundações e tsunamis. E, por outro lado, outros somente serão percebidos de modo indireto, como a alteração de ecossistemas e de ciclos biogeoquímicos, que podem aumentar a incidência de doenças infecciosas, mas também doenças não transmissíveis, que incluem a desnutrição e doenças mentais.
Deve-se ressaltar, no entanto, que nem todos os impactos das mudanças climáticas poderão ser negativos. Há que se destacar que no aspecto da saúde, por exemplo, a alta na mortalidade que se observa nos invernos poderia ser reduzida com o aumento das temperaturas.
O mundo está passando por um período de muitas incertezas, sobre como as mudanças climáticas podem afetar o bem estar humano, e em reconhecer estas incertezas faz com que se pense de amplamente sobre o futuro da sobrevivência humana isto porque as mudanças climáticas podem agravar muitas das ameaças que pesam sobre a humanidade, especialmente em locais de limitados recursos, dentre essas ameaças incluem a escassez de água e comida devido às condições meteorológicas extremas, ondas de calor, a propagação de doenças transmitidas por vetores e água.
Tanto a temperatura elevada como a diminuição brusca da temperatura trazem reflexos na saúde humana, as temperaturas extremas, altas ou baixas, podem causar distúrbios fisiológicos e danos a vários órgãos, causando doença ou morte em seres humanos.
De acordo com Anthonny Giddens (2009), a chave do problema é a dificuldade que as pessoas têm de aceitarem que os riscos relacionados aos fenômenos climáticos são reais e urgentes. Desta forma, o obstáculo que se sustenta é o de que, sem esta consciência, o uso de combustíveis fósseis se dá de forma despreocupada, se tornando, em alguns casos, extremamente difícil virar uma sociedade cujo modo de vida é construído basicamente em torno da mobilidade e do consumo exagerado de energia proveniente de fontes fósseis.
Portanto, a tarefa é imensa e não há solução mágica, é necessário o envolvimento de todos, porém esta missão não é fácil, então se lança o desafio.
As mudanças climáticas estão entre as maiores ameaças aos direitos humanos de nossa geração, colocando em risco os direitos fundamentais da vida, saúde, alimentação e o adequado padrão de vida dos indivíduos e comunidades em todo o mundo.
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