CRIAMOS O MUNDO MAIS IMPERFEITO E AGORA QUEREMOS A VACINA.

 A vacina da Covid-19 vai chegar a qualquer momento, mesmo que já seja um pouco tarde para recuperar massivamente, a sanidade mental da humanidade.

 Provamos que nossa liberdade, em muitos momentos da quarentena, mais atrapalhou do que ajudou pelo fato da nossa sociedade ter se tornado individualista e foi pega de surpresa tendo que pensar coletivamente ao se colocar em isolamento tal como se fosse uma prisão domiciliar. Viu-se muitos atos de rebeldia, pois é assim mesmo, o ser humano sente falta de estar junto, mas, em verdade, nem sempre é para ajudar,contudo forma seus grupos além do seu grupo familiar e rapidamente deixam de seguir as regras de segurança.

O "eu faço o que bem entendo" é um perigo social pois muitos pensam que a pandemia não é tão grave assim e se coloca como tudo sempre esteja sob controle, é o risco calculado de quem não se importa por não buscar informação de que, mesmo os que ficaram curados do Covid podem ter até sequelas neurológicas.

Os jovens nunca experimentaram um período tão longo com suas escolas fechadas,tiveram que aprender que a vida também é uma escola na "marra". O que talvez não saibam é que o mundo da escassez está ficando cada vez mais competitivo e nem todos terão o futuro tão promissor. Devemos nos contentar, por hora, com o certificado de sobrevivência à essa doença. A vida vale alguma coisa, se ela for motivada, aí ela vai valer ainda mais, novamente.

Precisaríamos nos unir, como uma colcha de retalhos, para reformular o nosso modo de vida instituindo um regime de economia colaborativa, sim, sem miséria,sem fome,todas as pessoas podem ser mais felizes, até os ricos por não assistirem pessoas ou seus semelhantes passando por aquilo que nunca gostaríamos de passar na vida.

A crise sanitária tão quanto infecciosa acontece e se agrava à medida que não paramos de poluir o planeta como se fosse uma lata que não cabe mais tanto lixo. Até porque, os gases de efeito estufa, os gases dos aerossóis, todos eles, se dissipam na atmosfera como resultado das atividades humanas potencialmente poluidoras e geram a mudança climática. Essa sim, é o punhal que vai calar para sempre o nosso futuro, se não nos apressarmos a reduzir as emissões, deter o consumismo, colocarmos em prática a economia circular, e estancar as queimadas e incêndios florestais, dentre outras medidas.

As cidades, onde vivem encastelados os governantes de todos os países, também serão afetados quando as nascentes secarem, talvez demore mais para que eles morram de sêde, o tempo suficiente para que possam assistir as pessoas definhando de fome e sede. Sim, pois eles se esquecem que a água doce é usada em maior volume para irrigação da agricultura do que para o consumo humanos e industrial,não haverá mais tempo para fiscalizar os incêndios criminosos que assolam o mundo. Produzir alimento requer muita água.

Com a mudança climática, estamos banalizando a vida silvestre, desprezando os tigres, onças, leões e outros predadores que controlam a herbivoria. Sem eles, os animais herbívoros e as pragas podem dizimar uma plantação ou cultura agrícola.

O ser humano é mentalmente ingênuo, e por isso vacila ao flertar com a sua extinção, quando "hipoteca" a sua casa linda - a Terra com a sua biodiversidade fonte de ar puro, de medicamentos, produtos de beleza, perfumes e sabores que retiramos da natureza. Acho as grandes construções humanas uma grande agressão a natureza e vejo a espécie humana como uma praga que não se dá conta do mal que faz a si mesmo.

Vírus, bactérias, borboletas, flores e toda biodiversidade só existem porque estão lá no lugar certo, no seu habitat interagindo com demais seres vivos, esse equilíbrio ecológico sempre existiu enquanto o homem não alterou bruscamente o meio ambiente, com isso, os micróbios mudam de hospedeiros e se adaptam provocando doenças que podem ser traduzidas, na linguagem dos micróbios, que eles estão se alimentando e obtendo energia para pular para outro hospedeiro.

 Agiremos enquanto sociedade civilizada, quando os humanos deixarem de se matar como naqueles filmes de embates entre mocinhos X índios nos filmes (em preto e branco) de faroeste. É assim, hoje: traficantes contra traficantes, milicianos contra traficantes, pessoas comuns levando tiro nas ruas, policial espancando pobre ou negro, políticos deixando doentes morrerem nos hospitais, trabalho quase escravo quando trabalhador tem que morrer antes de se aposentar com quase 70 anos para ter algum direito, empresários alimentando a corrupção de políticos e o fogo que queima não somente a floresta, queima o sonho, o desejo de que não continuaremos canibais do tipo: Homem matando homem rapidamente, ou aos poucos.