A SOBREPESCA ALCANÇOU OS PEIXES CARTILAGINOSOS - (TUBARÃO/RAIA) QUE ESTÃO AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO.

 A indústria mundial da pesca é indecente. Enquanto o mundo se prepara para mudar devido a uma doença zoonótica que também é fruto de nossos maus tratos ao meio ambiente, os enormes navios pesqueiros continuam varrendo os oceanos. E com especial interesse em massacrar os cações.

Na Ásia, um continente superpopuloso deste mundo superpovoado, ele é considerado uma ‘iguaria’. Nas festas, se alguém quer impressionar oferece sopa de barbatanas de cações. Puro status, já que nem gosto elas têm. Barbatanas são cartilagens.

E esta matança acontece também no Brasil, seja para exportar barbatanas, ainda que em menor escala que outros países, seja para colocar a carne destes animais na nossa mesa.

Um estudo feito por brasileiros publicado em novembro de 2016 na revista científica Marine Policy, entre eles um biólogo da Universidade Federal do Paraná, alerta para os riscos ambientais do consumo inadvertido desse tipo de peixe no Brasil.

A indústria pesqueira nacional, conhecedora da confusão de nomes no Brasil, mata os tubarões mas, ao vender a carne do animal filetada as ‘batiza’ como cações. Outros apostam na ignorância e vendem a carne de tubarões-tigre sem disfarce. Com isso, várias espécies ameaçadas de extinção podem ir pra mesa dos que comem cações/tubarões.

Entre os milhares de organismos marinhos, os do topo da cadeia alimentar são os mais importantes. São eles que regulam os estoques, predando os mais fracos e mantendo a saúde dos cardumes. Esta é a grande função dos cações/tubarões: regular o estoque de peixes dos ambientes que frequentam.

Um estudo publicado na Marine Policy “em 2012 uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente apontou que o percentual de espécies de elasmobrânquios ameaçadas de extinção no país era maior do que o mundial.

Os elasmobrânquios formam a subclasse de peixes cartilaginosos da qual os tubarões fazem parte, juntamente com as raias. No Brasil, 33% das 145 espécies de elasmobrânquios correm risco de desaparecer. No mundo, o percentual estimado é de 25% das espécies em risco. Como gerir o espaço marítimo e os recursos pesqueiros sem ao menos saber a quantidade pescada no País?

É só o que nos resta, o apelo aos consumidores. Se você é ligado nas questões ambientais, tire de seu cardápio qualquer tipo de carne de cação e de raias também. Qualquer pessoa de bom senso há de imaginar que matando entre 70 a 100 milhões de animais por ano não há tempo suficiente para a reposição das espécies. Além disso, a indústria alimentícia sabe da confusão do povo tupiniquim, e jamais venderá carne de ‘tubarão’ nos supermercados.

Quanto à carne de cação/tubarão, não há outro jeito, nem mesmo procurando os de outras regiões. A ameaça é mundial. Seja de onde vier, evite a carne de cações e raiais. Ainda há outros tipos de peixes que podem ser comprados. Ainda…e por pouco tempo.

Além de contribuir com o meio ambiente marinho ao recusar carne de tubarões ou cações você evita contaminação por mercúrio, e além disso as pessoas bem informadas já sabem, eles contribuem com a sustentabilidade da vida marinha também pelo fato de gerarem empregos e renda, afinal, tubarões/cações valem mais vivos que mortos.









Comentários

  1. Os enormes navios pesqueiros continuam varrendo os oceanos. E com especial interesse em massacrar os cações.
    Na Ásia, um continente superpopuloso deste mundo superpovoado, ele é considerado uma ‘iguaria’. Nas festas, se alguém quer impressionar oferece sopa de barbatanas de cações.

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