AGORA SABEMOS QUE UM DIA PODEREMOS BUSCAR OU USAR ÁGUA NA LUA.

Um grupo de pesquisadores reporta os resultados obtidos com o SOFIA, o Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha – na verdade um Boeing adaptado pela Nasa e equipado com um telescópio para realizar observações na estratosfera. Eles detectaram um assinatura espectral de água, com comprimento de onda de 6 micrômetros, que não coincide com outros compostos de hidroxila. Ou seja, só pode ser água mesmo.


Estudos conclusivos divulgados pela NASA demonstraram a presença de água na Lua – e em regiões iluminadas pelo Sol. Os dois artigos estão publicados na edição desta semana da revista científica britânica Nature Astronomy. E os resultados, claro, têm implicações importantes para futuras missões lunares.

Eles constataram que a água está presente em latitudes ao sul em abundâncias entre 100 e 400 partes por milhão, uma quantidade significativa, ainda que não dê para chamar de abundante. E o sinal foi visto também em partes iluminadas da Lua. Os autores sugerem que a água detectada provavelmente está presa em vidro ou entre grãos na superfície lunar, o que protege essas moléculas.

Em outro estudo, liderado por Paul Hayne, da Universidade do Colorado em Boulder, os pesquisadores examinaram a distribuição das áreas da Lua que estão sob sombra permanente – as chamadas armadilhas frias. Nessas áreas, no fundo de crateras polares onde a luz do Sol nunca bate, água pode ser capturada e permanecer de forma estável por lá, como gelo.

Os pesquisadores sugerem que cerca de 40 mil metros quadrados da superfície lunar têm a capacidade de aprisionar água.

Ainda não sabemos exatamente como essa água pode ser produzida ou depositada nessas regiões. Há diversas hipóteses, desde a entrega direta por asteroides e cometas, até a formação de água a partir de átomos de hidrogênio e oxigênio na própria Lua, passando pela liberação das moléculas a partir do subsolo com o impacto de micrometeoroides. 

O ponto principal é que as duas descobertas, juntas, indicam que água é produzida ou trazida para a Lua com boa eficiência e acaba preservada nessas armadilhas frias em ambas as regiões polares.

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A presença de água pode ter implicações para a escolha de futuros sítios de pouso para missões lunares. Com água, não só se torna viável manter humanos na Lua, como se pode fabricar combustível de foguete para viagens ainda mais distantes.

Novas missões à lua, tripuladas ou não, demonstrarão a captura e o uso dessa água presente nos polos lunares.


Comentários

  1. A presença de água pode ter implicações para a escolha de futuros sítios de pouso para missões lunares. Com água, não só se torna viável manter humanos na Lua, como se pode fabricar combustível de foguete para viagens ainda mais distantes.

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