ANIMAIS QUEIMADOS PELOS INCÊNDIOS DO PANTANAL SÃO TRATADOS COM PELE DE TILÁPIA.

•  Pesquisadores recebem peles de peixes de água doce - que normalmente são descartadas pela indústria - de uma piscicultura. Uma cobra sucuri e um tuiuiu, a ave simbólica do Pantanal, estão prestes a receber tratamento. Essas peles são desidratadas e esterilizadas e armazenadas em temperatura ambiente.                                                 
  
  
  
• Em seguida, são aplicados em pessoas ou animais com queimaduras como curativo para a área queimada, o que contribui para a sua cicatrização. A pele da tilápia tem uma camada muito grande de colágeno , importante na cicatrização da queimadura.
• Ao ver as imagens trágicas dos animais atingidos pelo incêndio no Pantanal, os investigadores do UFC contataram a ONG Ampara, que apóia o resgate e reabilitação de animais no Pantanal. A ONG aceitou a ajuda e colocou o grupo em contato com o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, onde seriam aplicadas as peles de tilápia.
• O grupo trouxe 130 curativos biológicos para pele de tilápia, que, segundo suas estimativas, devem atender cerca de 40 animais feridos. No Brasil, é a primeira vez que essa técnica é usada em animais silvestres. 
• Ao mesmo tempo, a parte transparente, que é o colágeno, será incorporada à ferida e a parte escura irá descascar , como se fosse a pele de uma ferida, explica Rocha. E a pele do tamanduá e de outros animais recuperará sua aparência original.
• A pele da tilápia adere à queimadura e deve permanecer em contato por 10 a 15 dias na pele do animal, sem a necessidade de cicatrização.
• Se a cicatrização demora de 15 a 20 dias, você tem que fazer entre 15 e 20 curas durante todo o processo. Com a pele de tilápia, o custo de fazer essas trocas diárias é reduzido, a dor do animal é reduzida e a carga de trabalho da equipe, o animal ou pessoa queimada perde muito líquido com a queimadura. A pele da tilápia interrompe esse processo.
• Sua parte escura é como uma película impermeável que evita a perda de líquido. Também cria uma barreira para que os microrganismos não proliferem na ferida. Com isso, a cicatrização é acelerada porque a ferida não é tão manipulada, além da grande ajuda do colágeno. Para Rocha, é "emocionante" ver os animais se recuperarem. A pele de tilápia reduz a dor do paciente.
• A sucuri, que em breve será tratada, está bastante queimada, com exposição muscular, por isso a aplicação é um grande desafio .  achamos que vai funcionar.
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