BRASIL MANTÊM QUASE 3.000 LIXÕES A CÉU ABERTO E FALTA AMPLIAR PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS MUNICÍPIOS.

O Nordeste é a região com mais lixões ativos —844, no total— e tem a menor cobertura de coleta de resíduos do país. Este fator contribui de maneira decisiva para a existência dos lixões, porque onde o resíduo sequer é coletado, ele vai para um lugar a céu aberto. 

No Norte, Rondônia apresenta o pior cenário: 92,6% dos resíduos coletados vão para destino incorreto. Já no Acre, esse número é de 26,8%.

Sul e Centro-Oeste concentram o menor número de lixões —42 e 153, respectivamente. Se considerado o volume de resíduos gerados, o Sudeste se destaca por destinar apenas 10% para lixões ou aterros controlados.

Em 2019, 29 milhões de toneladas de lixo foram descartadas de maneira incorreta no Brasil —40,1% do total produzido. Ao menos 3.000 dos 5.570 municípios do país mantêm lixões a céu aberto, e quase metade deles ainda utiliza os locais para depositar resíduos sólidos.



O prazo dado pela PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) para os municípios implementarem um sistema de destinação final do lixo era 2014. 

A dificuldade de acabar com os lixões está relacionada a três fatores: a falta de prioridade dada à gestão dos resíduos sólidos no âmbito político; a carência de recursos para que os municípios tenham a infraestrutura adequada para destinar o lixo; e a baixa percepção da população sobre os malefícios dos lixões na saúde e no ambiente. O Brasil ainda tem um caminho de 15 a 20 anos para chegar ao século 21 na gestão de resíduos sólidos.

Santos, no litoral paulista, foi a cidade acima de 250 mil habitantes mais bem pontuada no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana, em 2019. 

A adequação à PNRS aumentou as cooperativas de reciclagem de uma para quatro, com cerca de 150 trabalhadores. A coleta de recicláveis também cresceu. Em 2020, a previsão é recolher 13 mil toneladas —320% a mais do que em 2010, quando foi iniciado o trabalho de educação ambiental na cidade, que precisa ser ampliado.

O município desativou o lixão a céu aberto em 2003, após 31 anos. No entanto, os resíduos só devem ser retirados da área no fim de 2020.


Comentários

  1. Em 2019, 29 milhões de toneladas de lixo foram descartadas de maneira incorreta no Brasil —40,1% do total produzido. Ao menos 3.000 dos 5.570 municípios do país mantêm lixões a céu aberto, e quase metade deles ainda utiliza os locais para depositar resíduos sólidos, falta,por
    parte da população, entender os malefícios dos lixões na saúde e no ambiente e pressionar os
    gestores públicos para acabarem com os lixões.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Nossa intenção é proporcionar aos leitores, uma experiência atualizada sobre os fatos globais que possam ser discutidos
e possam provocar reflexões sobre o modelo de sustentabilidade
que desejamos adotar para garantir agora e no futuro a qualidade
de vida para todas as espécies da Terra.