"DROGAS PESADAS" MATARAM 220 mil AMERICANOS POR OVERDOSE, TANTO QUANTO O COVID-19.

 Antes da pandemia, havia a epidemia —uma que não era causada por um vírus como a de Covid-19, mas por drogas. Se o coronavírus já matou 212 mil pessoas nos Estados Unidos, as overdoses acidentais de opioides foram responsáveis, de 2015 a 2019, por mais de 220 mil mortes.

Um dos primeiros estados a serem atingidos com força por esse tipo de droga foi Ohio, onde mais de 4.000 pessoas morreram devido a overdoses no ano passado.

Depois de um pico em 2017, as mortes haviam recuado em 2018, o que especialistas atribuíram à menor disponibilidade de opioides vendidos sob prescrição médica (hoje submetidos a controle muito maior) e a políticas públicas de redução de danos, como a disponibilidade de naloxona, medicamento que reverte temporariamente os efeitos das overdoses e salva vidas.

No ano passado, porém, as mortes voltaram a subir, tanto em Ohio quanto nos EUA, e estudiosos são quase unânimes em apontar o fentanil como culpado. O opioide sintético, muito mais concentrado que outros como a heroína, é mais fácil de ser traficado, já que se levam mais doses em um volume menor.

Mas até quem usa opioides há anos tem medo do fentanil: basta um pequeno erro na dosagem para causar uma overdose. Há também o problema dos traficantes que vendem ao usuário o que juram ser heroína, quando na verdade trata-se total ou parcialmente de fentanil.

Uma das estratégias de redução de danos implantada em Ohio e em outros lugares é a disponibilização aos usuários de tiras em que eles podem testar as drogas para verificar a presença do poderoso opioide.

A pandemia de coronavírus deve resultar em ainda mais mortes por drogas neste ano, devido a fatores como o maior isolamento social (já que não há quem peça socorro em caso de overdose), o medo de adoecer com Covid-19 ao buscar internação e o desemprego, que pode contribuir para o aumento do uso de drogas e também deixa as pessoas sem seguro-saúde, o que dificulta o tratamento.

Em Ohio, nos seis primeiros meses de 2020, o número de overdoses aumentou 29,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo estimativa da ONG Harm Reduction Ohio.

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Com o fentanil se espalhando cada vez mais em direção aos estados do Oeste americano, onde ainda predominava a heroína vinda do México, é inescapável que o próximo presidente tenha que voltar ao tema quando a emergência sanitária estiver controlada, ou talvez até antes disso, dada a escalada de mortes.




Comentários

  1. A pandemia de coronavírus deve resultar em ainda mais mortes por drogas neste ano, devido a fatores como o maior isolamento social (já que não há quem peça socorro em caso de overdose), o medo de adoecer com Covid-19 ao buscar internação e o desemprego, que pode contribuir para o aumento do uso de drogas.

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