Répteis são vendidos ou entregues gratuitamente na internet como animais de estimação, em parte porque são raros e ameaçados, como as lagartixas das cavernas estão na moda entre os coletores de répteis. Eles estão entre as cerca de 4.000 espécies de répteis - incluindo as altamente ameaçadas de extinção - que são rotineiramente negociadas online , de acordo com um artigo publicado na terça-feira na Nature Communications.
Animais de 90% dessas espécies, representando metade dos répteis individuais comercializados na web, são capturados na natureza, descobriram os autores. E a maioria dessas espécies não está incluída em nenhuma regulamentação internacional destinada a garantir que seu comércio seja sustentável.
“No momento, o status quo é que tudo pode ser negociado até que você diga que não”, diz a co-autora do estudo Alice Hughes, ecologista da Academia Chinesa de Ciências. “Isso deixa milhares de espécies vulneráveis à extinção.”
As lagartixas das cavernas exemplificam a evolução em seu aspecto mais fantástico. Alguns têm olhos vermelho-sangue e exibem faixas amarelas brilhantes no corpo escuro. Outros são picolé azul ou padrões de camuflagem de urso de laranja ardente e marrom. Muitas espécies desses lagartos são encontradas apenas em uma pequena faixa, como uma única colina de calcário na China. Mais de uma dúzia estão listados como ameaçados de extinção, alguns deles criticamente, pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
Os pesquisadores registraram 3.943 espécies, ou 36 por cento de todas as espécies conhecidas de répteis, para venda online. A maioria eram aqueles que são permitidos para comércio como animais de estimação. Mas a questão de saber se uma espécie pode ser vendida legalmente internacionalmente não está automaticamente ligada ao seu status de conservação. Mais de um terço dos répteis da lista, incluindo o lagarto monitor sem orelhas de Bornéu e o Uroplatus finaritra de Madagascar ,uma lagartixa-de-cauda-folha ( foto abaixo-também chamada de lagartixa satânica)- não foram avaliadas quanto ao seu estado de conservação. Essa situação significa que os cientistas não têm como saber se o comércio afeta a sobrevivência dessas espécies.
As descobertas do estudo ainda subestimam o verdadeiro número de espécies de répteis capturadas no comércio, Hughes diz, porque sua análise não incluiu sites de mídia social - onde pesquisas anteriores mostraram que ocorrem altos níveis de comércio de vida selvagem . O documento também carece de resultados de sites em outros idiomas além dos cinco considerados.
Mais de um terço dos répteis da lista, incluindo o lagarto monitor sem orelhas de Bornéu e o Uroplatus finaritra de Madagascar ,uma lagartixa-de-cauda-folha ( foto abaixo-também chamada de lagartixa satânica)- não foram avaliadas quanto ao seu estado de conservação. Essa situação significa que os cientistas não têm como saber se o comércio afeta a sobrevivência dessas espécies.
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