MATO GROSSO DE PROSPERIDADE EM MEIO A PANDEMIA E OS INCÊNDIOS NO PANTANAL E O CERRADO.

Municípios de Mato Grosso, como Sinop, Sorriso, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, para citar os mais dinâmicos da região, relatam abertura de centenas de novas empresas, demanda por mão de obra e superação nas vendas do comércio durante a pandemia.

Moradores atribuem a prosperidade local a um combo: alta na exportação de produtos agrícolas, medidas frouxas de restrição social, acompanhadas da distribuição do chamado “kit Covid”, e auxílio emergencial, que fez o dinheiro circular fora das lavouras.

Enquanto o fogo se alastra no Brasil, deixando um rastro de incerteza em áreas de preservação e a pandemia mina as bases da economia de famílias e do Estado, cidades agrícolas do chamado “Nortão” de Mato Grosso vivem numa espécie de bolha imune aos efeitos dessas crises.



A demanda externa aquecida fez Mato Grosso registrar recorde de venda de soja em momento de disparada do dólar, alta no mercado interno e safra também recorde. Na média da última semana de setembro, a saca da oleaginosa valia R$ 129,82 no estado (na mesma semana de 2019, o preço era R$ 71,95, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

Sinop, a 480 km de Cuiabá, é a “capital do Nortão”, área cuja base econômica principal reúne soja, algodão, milho e feijão. A cidade tem cerca de 146 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE para 2020, e seus circunvizinhos são menores.

Numa faixa de 50 mil a 145 mil moradores, os quatro municípios considerados mais relevantes à economia regional registraram saldo positivo de emprego no acumulado do ano até agosto. No mesmo período, mais de 849 mil vagas foram eliminadas no Brasil.

O momento positivo não é apenas fruto do campo, já que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e outros indicadores dessas cidades evoluem desde os anos 1990, mas ele tem protagonismo, de acordo com o economista Felipe Serigatti, coordenador do mestrado de agronegócio da FGV (Fundação Getulio Vargas).

“Há tempos essas cidades têm desempenho superior ao de regiões metropolitanas. Um conjunto de fatores, com destaque para o agro, fez com que elas passassem pela turbulência de modo confortável. A safra veio boa, cheia, com muito para vender”, afirma.

Apesar do sentimento abalado nos meses iniciais da pandemia, o empresariado regional mantém em alta a confiança econômica. Um levantamento da Unemat (Universidade Estadual de Mato Grosso) em parceria com a CDL de Sinop mostra recuperação de 41% no índice em agosto na relação com julho. Na comparação com o mesmo mês de 2019, a elevação é de 1,80%.

Em evento a cerca de 2.000 pessoas em Sorriso também no último dia 18, Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutua, reconheceu a manutenção do apoio ao governo. Após ser ovacionado, disse de cima do palco: “Temos que vir mais para o Mato Grosso.


Comentários

  1. Enquanto o fogo se alastra no Brasil, deixando um rastro de incerteza em áreas de preservação e a pandemia mina as bases da economia de famílias e do Estado, Moradores atribuem a prosperidade local a um combo: alta na exportação de produtos agrícolas, medidas frouxas de restrição social, acompanhadas da distribuição do chamado “kit Covid”, e
    auxílio emergencial que fez o dinheiro circular fora das lavouras.

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