PLANTAÇÕES QUE ALIMENTARIAM 35.000 PESSOAS/DIA JÁ FAMINTAS, SÃO DEVORADAS POR GAFANHOTOS DO DESERTO.

Gafanhotos do deserto se reproduzem na costa norte do Mar Vermelho, enquanto grupos de insetos adultos na costa central perto de Hodeida, nas planícies e no Golfo de Aden levaram tudo em seu caminho, ameaçando a subsistência de fazendeiros e pastores no Iêmen, 

Os gafanhotos comeram tudo em quatro dias. Eles não deixaram nada além dos galhos, pressionando milhares de pessoas que já morriam de fome devido a anos de conflito. Os gafanhotos do deserto atacam o rabanete, a cebola, o gergelim, o agrião e até mesmo as tâmaras e palmeiras, resultando em perdas significativas para os agricultores.

Agora os gafanhotos que não deixaram nada para ser colhido,  vão comer a forragem que usamos para alimentar as nossas ovelhas. A FAO e o governo do Iêmen forneceu mais de 14.850 litros de pesticidas e treinou 393 equipes de campo em técnicas eficazes de controle e saúde, segurança e melhores práticas ambientais. Trata-se da praga migratória mais prejudicial do mundo, pode se reproduzir muito rapidamente nas condições certas. A cada três meses, um ciclo de reprodução pode aumentar as populações em cerca de 20 vezes e, portanto, de forma exponencial.

Apenas uma nuvem (1 km quadrado) tem o potencial de comer a mesma quantidade de vegetação e safras em um dia que 35.000 humanos. Em cada quilômetro quadrado pode haver até 80 milhões de insetos, e esses grupos podem cobrir até centenas de quilômetros quadrados de área.

Uma nova geração de gafanhotos do deserto está chegando na Etiópia e na Somália, levando à formação de novos grupos e em meados de dezembro, poderá avançar para o sul e ameaçar o Quênia. As operações de reconhecimento e controle devem continuar para detectar e reduzir ao máximo a possível infestação.

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