A ANTÁRTICA SE DESTINA A PESQUISA CIENTÍFICA MAS OS PAÍSES ESTÃO DE "OLHO" NAS SUAS RIQUEZAS (RECURSOS) NATURAIS.

 Desde 1961, o continete branco é administrado por um acordo internacional denominado: Tratado da Antártica. 

O pacto congelou as reivindicações territoriais existentes e estabeleceu que a Antártica se tornasse uma reserva científica internacional . Também proibiu testes nucleares e "todas as medidas de natureza militar, exceto para colaborar com a pesquisa científica."

Mas, por que tanto interesse em um continente quase inteiramente coberto de gelo? A razão principal tem a ver com o que potencialmente se encontra sob esse gelo: recursos naturais abundantes. 

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As bases científicas dos países possuem geólogos que embora a exploração de petróleo e mineração seja proibida pelo Tratado da Antártica, ela pode ser explorada para "fins científicos" e assim podem conhecer onde se localizam as reservas de minério e petróleo.

Especialistas conseguiram estimar que sob o solo da Antártica existem cerca de 200 bilhões de barris de petróleo. “Muito mais que Kuwait ou Abu Dhabi”.

hoje em dia, não é viável explorar esses recursos, porque - além de expressamente proibido - o custo de extração seria muito alto.

Ao contrário do Ártico, que é composto principalmente de oceano congelado, a Antártica é um continente rochoso coberto de gelo. E essa camada de gelo pode atingir quatro quilômetros de profundidade.

Por enquanto,construir plataformas de petróleo ao largo da costa nas proximidades da costa antártica, onde se acredita que existam vastos depósitos de petróleo e gás, também seria muito caro porque lá a água congela no inverno.  

É impossível prever em que estado estará a economia mundial em 2048, quando chegará a hora de renovar o protocolo que proíbe a prospecção antártica.  

Além de petróleo e gás, acredita-se que a região da Antártica seja rica em carvão, chumbo, ferro, cromo, cobre, ouro, níquel, platina, urânio e prata. Um mundo faminto por energia poderia ser desesperador.

O Oceano Antártico também possui grandes populações de krill (microcrustáceo semelhante ao camarão) e peixes , cuja pesca é regulamentada pela Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártica.

Todas essas riquezas naturais explicam porque os países que reivindicam partes da Antártica também entraram com ações na Organização das Nações Unidas (ONU) para exigir seus direitos de propriedade sobre o fundo do mar adjacente aos territórios antárticos que reivindicam.

Em 2016, a Comissão das Nações Unidas sobre os Limites da Plataforma Continental (CLPC) reconheceu o direito da Argentina de estender seus limites externos ao Atlântico Sul, o que permitiu ao país sul-americano adicionar 1,6 milhão de quilômetros quadrados de superfície marítima .

O CLPC não se pronunciou sobre a reclamação relacionada aos territórios antárticos (nem a Argentina nem qualquer outro país), 

Muitos se concentram apenas nos benefícios econômicos potenciais que jazem quilômetros sob o gelo ou nos mares (petróleo e minérios), eles negligenciam o que muitos consideram ser o bem mais precioso do futuro: a água doce. O gelo que cobre a Antártica é a maior reserva de água doce do mundo, um recurso essencial escasso que pode um dia valer mais que ouro.

Calcula-se que a Antártica contenha 70% da água doce do planeta , já que 80% de todo o gelo da Terra está concentrado ali. Mais água doce congelada do que a encontrada sob o solo e em rios e lagos dos outros continentes.

A considerar que 97% da água do mundo é salgada, você entende a importância desse recurso de água congelada no extremo sul do planeta.

Outra vantagem pouco conhecida da Antártica tem a ver com seus céus,  que são particularmente claros (sem poluição) e excepcionalmente livres de interferência de rádio. Isso os torna ideais para pesquisas no espaço profundo e rastreamento de satélite. Se prestam também para estabelecer redes secretas de vigilância  e controle remoto de sistemas de armas de ataque.

A Austrália alertou que a China poderia usar sua base científica Taishan - a quarta do país em território antártico, construída em 2014 - para fazer vigilância. As bases Antárticas  estão cada vez mais sendo usadas para um 'uso duplo': pesquisa científica que é útil para fins militares”, denunciou o governo australiano em 2014.

Por enquanto, o sistema de navegação por satélite chinês, BeiDou, está de acordo com as regras do Tratado da Antártica, assim como o sistema Trollsat da Noruega.