Com 40% da área já alterada pela retirada de lenha e outros impactos, a Caatinga é vista como o patinho feio da natureza brasileira, estigmatizada pelos índices de pobreza e pelos espinhos de seus mandacarus e xiquexiques ( vegetação retorcida arbórea) .
As condições de Clima e solo não favorecem o gado ou o agronegócio de grãos para exportação como nas regiões vizinhas, mas mostram-se altamente propícias ao mel.
Clube do Mel - Produtos Orgânicos.
Londe dos agrotóxicos dos grandes cultivos, as abelhas são altamente produtivas ,e a atividade tem feito a diferença para a renda da região, com preservação da natureza, segundo Samuel Araújo, empresário do Piauí que prosperou no sertão como maior exportador de mel no Brasil, e expandiu o império com a compra de unidades no sul e sudeste, agora integradas ao grupo Samuel, com previsão de faturar R$ 100 milhões em 2020.
O plano de Araújo, que herdou o ofício do pai,sertanejo construtor de colmeias como sustento da família, é triplicar as exportações para a América do Norte ,Europa e Ásia, além da expansão no mercado brasileiro. Do marmeleiro ao angico e cipó uva,as floradas da Caatinga dão sabor sem igual ao produto, além do valor nutricional, fornecido por milhares de pequenos apicultores do interior nordestino.
A fonte de renda ajuda no equilíbrio da natureza, porque as abelhas dependem do néctar como alimento e contribuem com a polinização das flores para reprodução vegetal, mantendo o bioma vivo.
Parte expressiva da produção ocorre em São Raimundo Nonato, no Piauí, no entorno do Parque Nacional Serra da Capivara ,onde a vegetação convive com mais de mil sítios arqueológicos de pinturas rupestres, visitados por 30 mil turistas ao ano. Apesar dos problemas sociais, a Caatinga vem encantando a Ciência a cada descoberta como uma das áreas mais selvagens da Terra, afirma André Pessoa, criador do viveiro Mata Branca. O local teve investimento da indústria de papel e celulose Suzano e fornece educação ambiental e mudas para restauração da paisagem ,em parceria com o Ministério Público do Piauí .
O objetivo é devolver plantas que a natureza fornece ao nosso uso diariamente e influenciar ações e políticas públicas para a preservação deste patrimônio, que é exclusivo do Brasil ,diferentemente dos demais biomas. Dependemos diretamente da renovação dos recursos naturais, em todos os ecossistemas tropicais da Terra.
A natureza de pé ajuda agroindústrias em negócios com ícones regionais, a exemplo da brasileiríssima castanha-de-cajú.
As abelhas dependem do néctar como alimento e contribuem com a polinização das flores para reprodução vegetal, mantendo o bioma vivo. As floradas da Caatinga dão sabor sem igual ao produto, além do valor nutricional, fornecido por milhares de pequenos apicultores do interior nordestino.
ResponderExcluirQue reportada interessante e altamente positivo.
ResponderExcluirParabéns ao blogueiro.