A GENÉTICA DA CANA-DE-AÇÚCAR E DA PONGAMIA VAI AJUDAR NA SUPER-PRODUÇÃO DO ETANOL CELULÓSICO.

Melhoramentos genéticos realizados nos últimos anos na cana-de-açúcar geraram variedades da planta que se tornaram a grande aposta da indústria de etanol celulósico para garantir melhor aproveitamento e produtividade. A cana-energia, também chamada de “supercana” por alguns, se diferencia da versão original por apresentar maior teor de fibra por hectare e menor teor de açúcar, o que a torna essencial para o avanço do biocombustível de segunda geração.

Bernardo Gradin, presidente da GranBio, revela que a empresa já patenteou e está produzindo suas versões obtidas a partir da combinação de canas ancestrais, a Cana-Vertix. “Ela produz 2,5 vezes mais que a cana-de-açúcar”, afirma.

                                            


Entre as vantagens dessa variedade, está a possibilidade de plantação em áreas de baixa aptidão agrícola, pelo fato de a cana-energia exigir um consumo de água e de nutrientes muito menor. Segundo a GranBio, é possível aproveitar por exemplo parte dos 32 milhões de hectares de pastagens atualmente degradados.

No setor de biodiesel, uma aposta no futuro é a exploração comercial na América do Sul da pongamia, árvore oleaginosa de origem australiana. O ECB Group assinou em fevereiro com a empresa holandesa de pesquisa Investancia um contrato de longo prazo para fornecimento do óleo dessa planta. A matéria-prima será usada no projeto Omega Green, no Paraguai, um projeto de US$ 800 milhões para uma biorrefinaria (no Paraguai) , que entrará em operação em 2024.

A pongamia, além de seu uso comercial, é considerada altamente sustentável e adaptável e é muito eficiente na remoção de carbono. E o farelo resultante também pode ser usado como ração animal. “É uma leguminosa que não precisa de fertilizantes, pode viver até 100 anos e vai servir para reflorestamento de áreas degradadas, favorecendo a pecuária”, afirma Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBios e da Aprobio. (RL)

Comentários

  1. A cana-energia, também chamada de “supercana” por alguns, foi elaborada por meio de melhoramentos genéticos, se diferencia da versão original por apresentar maior teor de fibra por hectare e menor teor de açúcar, o que a torna essencial para o avanço do biocombustível de segunda geração.

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  2. As genéticas modificadas para produção rica, é sinônimo de evolução sobre vários aspectos.

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