O autor do best-seller: Os 15 minutos de limpeza, diz- se me sentar em um trem ou do lado de fora de um café, pego meus lenços antibacterianos e limpo a mesa, e os braços do assento.
A pandemia fez muitos de nós germófobos. Entre março e maio de 2020, as vendas de desinfetante líquido no Reino Unido foram 74,9% maiores e alvejantes 32% maiores do que no ano anterior. Até o surgimento da vacina, a higiene parecia ser nossa melhor defesa contra um inimigo mortal que ameaçava todo o nosso estilo de vida, e zelosamente mantivemos essa linha.
A limpeza é a nossa sociedade lidando com o trauma do ano passado de uma forma que parece construtiva. É um mecanismo de enfrentamento semiológico enquanto lutamos para recuperar o controle sobre um ambiente que se voltou contra nós tão repentinamente. Mas a limpeza nem sempre é tão saudável quanto parece. Na verdade, nossa obsessão com a limpeza pode ser tóxica.
Inconscientemente, " a limpeza é uma forma literalmente aprovada de limpar a dor e a raiva que sentimos ao nos depararmos com tantas pessoas ficando doentes”.
Lindsay Goddard, técnica que atende residências e escritórios com ICE Cleaning relata que seus clientes “querem um nível mais alto de limpeza e se preocupam com o tipo de limpeza que você não pode ver. Não é incomum agora receber solicitações de leituras de bactérias de superfície; Eu costumava carregar uma caixa de cotonetes na minha van, agora carrego cinco.
Apenas 49% dos britânicos lavaram as mãos após usar um banheiro público, em 2019 ( antes da pandemia). Jamie Woodhall, gerente técnico e de inovação da Rentokil, diz: “Curiosamente, isso parece ter mudado”. Ele acrescenta: “Um ano atrás, termos como 'antiviral' estavam em letras pequenas no verso dos frascos de produtos de limpeza -agora estão na televisão, então as pessoas estão muito mais conscientes.
A pandemia gerou uma fetichização do “limpo",viver com a ameaça da Covid mudou nossas prioridades quando limpamos nossas casas, aprendemos a nos concentrar nos pontos de contato (interruptores de luz, puxadores de chaleira, portas de geladeira) em vez de ficar obcecados com teias de aranha nos cantos do teto. Mais recentemente, o medo de partículas de vírus pairando no ar mudou as coisas novamente. “Os tratamentos de ar costumavam ser algo que faríamos se descobríssemos mofo, mas agora os clientes estão pedindo para limpar o ar, algo pouco provável.
Nossa atitude em relação à sujeira é irracional. O corpo humano está cheio de germes. Na verdade, de acordo com a microbiologista Lynn Bry, professora assistente da Harvard Medical School, “Se você estivesse livre de germes neste momento, estaria morto em duas semanas”. As bactérias são essenciais para o nosso sistema imunológico e para nos permitir decompor os alimentos e extrair os nutrientes de que precisamos.
Hamblin espera que a pandemia “nos faça perceber que precisamos pensar com mais clareza sobre essas coisas. O que importa [com a Covid] é a distância que você está de alguém, não sua aparência ou se cheira bem. ” Em um mundo onde a ótica é tudo, higiene e doenças são um desafio. Você não pode ver as partículas de vírus. Você não consegue ver se alguém tomou a vacina. Ele diz: “Ser visto como limpo será uma questão difícil, à medida que sairmos disso. Digamos que você veja uma pessoa que cheira bem, que está usando um terno bonito, que tem o cabelo recém-cortado - se ela está tossindo, então é a ameaça, não a pessoa que não tomou banho hoje porque é moradora de rua.
Em um mundo onde a ótica é tudo, higiene e doenças são um desafio. Você não pode ver as partículas de vírus. Você não consegue ver se alguém tomou a vacina. Ele diz:Digamos que você veja uma pessoa que cheira bem, que está usando um terno bonito, que tem o cabelo recém-cortado - se ela está tossindo, então é a ameaça, não a pessoa que não tomou banho hoje porque é moradora de rua.
ResponderExcluir