SÃO APENAS 12 ÚLTIMOS BOTOS PESCADORES DE LAGUNA (SC) E TEMOS QUE EVITAR A EXTINÇÃO DA ESPÉCIE.

Conhecer os botos pescadores de Laguna, em Santa Catarina, foi uma das boas surpresas de minhas viagens pela costa brasileira. Laguna ostenta orgulhosa o título de Capital Nacional dos Botos Pescadores devido à existência de uma população de botos, nariz-de-garrafa, que habita o sistema lagunar e interage com os pescadores artesanais na hora de pescar. É interessante e incomum observar a pesca conjunta entre os cetáceos e os pescadores artesanais de Laguna. Tão interessante que se tornou uma atração turística de Laguna. Mas agora ela está ameaçada de acabar, o que preocupa os ambientalistas locais. 

                                           


Esta interação é tão importante para a região que a pesca com o auxílio dos botos recebeu o certificado de registro de patrimônio cultural imaterial de Santa Catarina. Esta interação é tão importante para a região que a pesca com o auxílio dos botos recebeu o certificado de registro de patrimônio cultural imaterial de Santa Catarina. Segundo o site change.org ‘a relação estabelecida entre homem e animal é tão específica que os golfinhos recebem nomes próprios, são reconhecidos individualmente pelos pescadores e manifestam comportamentos incríveis, passados de geração para geração’.

Os botos, ou golfinhos nariz-de-garrafa são comuns em todo o litoral brasileiro. Mas a interação com pescadores só acontece em Laguna. E é um espetáculo assistir. Os pescadores ficam nos Molhes do Canal da Barra, ou mesmo dentro d’água, à espera dos animais. Todos os dias eles aparecem, encurralam os cardumes de tainhas e os conduzem na direção dos pescadores que atiram suas tarrafas. Ambos saem felizes: os pescadores artesanais têm uma ajuda extra diária, e de graça, e os peixes que sobram são suficientes para alimentar os cetáceos. 

De acordo com o site da Oceana, a espécie nariz-de-garrafa ‘é a mais conhecida e estudada espécie de golfinho do mundo todo, sendo comumente encontrada em parques aquáticos (que na visão deste site não deveriam existir) e oceanários e também retratada em filmes e séries, como Flipper’.  ‘No Brasil são encontrados ao longo de toda a costa. Concentram-se em baías e estuários de SC e RS, mas também, em regiões oceânicas. Podem pesar 635 kg e medir 3,8 metros de comprimento’. 

Sua longevidade é estimada em mais de 50 anos, com fêmeas vivendo mais do que os machos. As populações costeiras e estuarinas sofrem bastante com a poluição, sobreposição com áreas de pesca, captura acidental e atropelamentos de embarcações’. 

Ambientalistas, porém, falam em apenas 12 animais sobreviventes. Eles admitem que a grande maioria dos botos pescadores morreu por poluição, encontros com embarcações, e especialmente, a pesca incidentalOs ambientalistas dizem que ‘os órgãos públicos precisam agir, e a população de Laguna deve se sensibilizar e conscientizar o máximo de pessoas sobre a importância e preciosidade destes animais’.

Os ambientalistas fizeram um filme e lançaram a campanha SALVEM OS GOLFINHOS DE LAGUNA DA EXTINÇÃO.A situação dos golfinhos de Laguna, que está dentro da APA da Baleia Franca, é mais uma prova da falência das unidades de conservação do bioma marinho e enquanto isso, o litoral de Santa Catarina é fustigado de forma impiedosa pela especulação imobiliária

O superadensamento é um fato, assim como é fato a falta de saneamento básico. A consequência? Poluição das águas. São 130 km de praia e apenas 1 fiscal para fiscalizar toda essa zona costeira  LASTIMÁVEL.

Comentários

  1. Os botos, ou golfinhos nariz-de-garrafa são comuns em todo o litoral brasileiro. Mas a interação com pescadores só acontece em Laguna. E é um espetáculo assistir. Os pescadores ficam nos Molhes do Canal da Barra, ou mesmo dentro d’água, à espera dos animais. Todos os dias eles aparecem, encurralam os cardumes de tainhas e os conduzem na direção dos pescadores que atiram suas tarrafas. Ambos saem felizes: os pescadores artesanais têm uma ajuda extra diária, e de graça, e os peixes que sobram são suficientes para alimentar os cetáceos.

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    1. É preciso que se faça um trabalho amplo, para a proteção desses poucos exemplares de botos que ainda sobrevivem nesse local em Laguna, a despoluição das águas é a causa principal das mortes desses animais que além de serem atração local, ajudam os pescadores, direcionando os cardumes para as redes de pesca.
      É realmente lamentável!

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