A CONTROVERSA MINERAÇÃO SUBMARINA NOS OCEANOS DA NAMÍBIA CAUSA IMPACTOS AMBIENTAIS AO ECOSSISTEMA JÁ DEBILITADO.

Os diamantes são formados quando o carbono é submetido a altas temperaturas e pressão no subsolo. Alguns foram lançados à superfície há milhões de anos em erupções vulcânicas.

A República da Namíbia é um país da África que tem como fronteiras Angola e Zâmbia, ao norte, Botsuana, ao  leste,  África do Sul ao sul, e o oceano Atlântico do lado oeste. Até o final da Primeira Guerra Mundial a Namíbia era uma colônia Alemã.  A base da economia é a agricultura, o turismo, e a mineração que inclui, além dos diamantes, urânio, ouro e prata. Mas a ganância é pela mineração de diamantes das praias e mar territorial da Namíbia.

                                          


Nas últimas décadas, os geólogos perceberam que, como os diamantes podiam ser encontrados no rio Orange, na Namíbia, havia uma boa chance de que eles também pudessem ser detectados nas praias e no mar, arrastados até lá por correntes.

                                               


No final das contas, as gemas subaquáticas estavam entre as pedras mais valiosas do mundo – com muito mais clareza do que os diamantes extraídos em terra. No início a mineração era feita nas praias. A cidade de Oranjemund ficou fechada ao público por 81 anos. Só podiam entrar funcionários da mineração e suas famílias.Ao diminuir as jazidas em terra, a procura passou a ser feita no mar poluindo as praias. 

O problema é que não são apenas diamantes. Mas também, e especialmente, os valiosos metais de terras raras particularmente os nódulos metálicos que se acumulam em torno das fontes hidrotermais, e que contam com jazidas de cobalto, níquel, molibdênio, nióbio, platina, titânio e telúrio, entre outros. Só em 2016, empresas de mineração extraíram US$ 600 milhões em diamantes da costa da Namíbia, sugando-os em mangueiras gigantes.

Vistos de cima, os navios de mineração parecem plataformas de petróleo, navios de 100 metros de comprimento com plataformas de aterrissagem de helicópteros, equipamentos de dragagem e estacas metálicas industriais. As embarcações de mineração combinam tecnologia de plataformas de petróleo, navios de dragagem e até fábricas de enlatados para fazer seu trabalho. Um controle remoto semelhante a um trator se move lentamente ao longo da superfície do fundo do mar, direcionando uma mangueira que suga toneladas de sedimentos a cada hora.

O sedimento é então passado por uma série de máquinas que separam o material primeiro pelo tamanho e depois, usando a tecnologia de raios X, pela composição geológica. Os diamantes descem por cinco andares de esteiras transportadoras e máquinas até um recipiente de metal que parece uma lata de sopa.

Mas, a demanda por diamantes no mundo é enorme, segundo o Washington Post, em 2016 o mundo gastou US$ 80 bilhões em joias com diamantes, mais da metade nos Estados Unidos, um recorde histórico. A demanda em economias emergentes como China e Índia também deve aumentar.Essas tendências – diminuição da oferta e aumento da demanda – tornaram os depósitos offshore da Namíbia ainda mais importantes.

Atualmente, a empresa usa drones para sobrevoar vastas extensões do oceano, em busca de áreas que valham a pena explorar. Em seguida, envia embarcações como o Mafuta para dragar as áreas mais promissoras. A maioria dos diamantes está perto da superfície, disse a De Beers.Embora a Namíbia seja considerada o lugar mais fácil para extrair diamantes offshore, os executivos da mineração não estão descartando a exploração de outros trechos do oceano. A mineração marinha também ocorreu na costa da África do Sul, embora tenha se mostrado menos lucrativa. 

Enquanto isso grupos ambientais levantam preocupações sobre as operações de mineração offshore, que expelem o sedimento de volta ao oceano depois que ele é processado. Mas entre a vida marinha e o valor dos diamantes, a escolha parece clara: mais mineração de diamantes e quase zero de produção pesqueira.

 Veja o vídeo que ilustra a riqueza da biodiversidade no fundo do mar,

 Link: Recifes de Corais.

Comentários

  1. Enquanto isso grupos ambientais levantam preocupações sobre as operações de mineração offshore, que expelem o sedimento de volta ao oceano depois que ele é processado. Mas entre a vida marinha e o valor dos diamantes, a escolha parece clara: mais mineração de diamantes e quase zero de produção pesqueira.

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  2. Triste realidade, o quê é mais rendoso, ganha, mesmo que a natureza sofra com atividades que degradam, mas que trazem fortunas, aí tudo pode.

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  3. O pior é que a degradação do ecossistema é certa porque a exploração é desordenada e
    crescente, cada vez querem extrair mais e mais diamantes.

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