OS AMERICANOS SÃO CONVIDADOS A COMER CIGARRAS E OUTROS ALIMENTOS BIOLOGICAMENTE DIVERSIFICADOS.

Além de serem deliciosas, as cigarras se coadunam com a sua missão de encorajar os comensais a se alimentarem de uma maneira consciente em relação ao meio ambiente. 

Lai, 47 anos, é o chef do Miya’s Sushi, o restaurante de sushi sustentável de sua família, em New Haven, Connecticut. Agora, ele voltou a sua atenção para os insetos.

                                                   


As cigarras são consumidas em muitos países, do México à Tailândia e o Congo, nesses lugares, as pessoas amam comer insetos. Os povos indígenas do mundo todo consomem a cigarra. “Eles não a comiam porque estavam morrendo de fome”, acrescentou, mas porque tinha um gosto bom. São ricas em proteínas, custam menos do que muitas carnes, são eficientes na terra e pelo fato de emergirem em números espantosamente elevados, comê-las não prejudica a espécie. A esperança de Bun Lai com estes jantares é  prestar homenagem ao predomínio global das cigarras como alimento enquanto tenta normalizar o consumo de insetos nos Estados Unidos, onde a prática muitas vezes é estigmatizada. 

Enquanto as cigarras Brood X aparecerem aos bilhões nos próximos meses, ele hospedará uma série de jantares baseados nestes insetos em sua fazenda na vizinha Woodbridge, onde recentemente ele transferiu parte das operações do restaurante para poder fazer eventos externos e cozinhar mais em harmonia com a natureza.

Na sua primeira infância em Kyushu, no Japão, as lembranças do verão incluíam “trepar em árvores seguindo o som da cigarra”,  para pegar uma, contou. Naquele país, as cigarras simbolizam o verão e o renascimento. Sua mãe, Yoshiko Lai, que fundou o Miya’s Sushi em 1982 e cresceu no interior em Kyushu, disse que comer as larvas das abelhas era muito comum quando ela era criança.

Lai pretende servir suas cigarras inteiras – cruas, assadas, defumadas ou fervidas – primeiramente porque é assim que culturas como a sua sempre as preferiram. 

Os jantares de Lai (cinco ou seis , no total) serão planejados na última hora. Recentemente, ele tentou por três vezes apanhar as cigarras em Washington, um epicentro da Brood X,  e só teve sucesso na última tentativa, quando ele e duas amigas, Galina Parfenova e Yordanka Evgenieva, pegaram milhares de cigarras das árvores em Tysons, Virgínia.

Lai não é o único chef que coloca cigarras no cardápio. Sean Sherman, do Owammi by the The Sioux Chef em Minneapolis, tem estudado as cigarras como fonte de alimento indígena. Quando conseguir encontrar cigarras, ele as usará em coberturas crocantes, como se faz com pepitas de abóboras, caramelizando as cigarras com xarope de bordo, ou em um molho com cigarras, chilli e agave. No El Rey na Filadélfia, o chef Dionicio Jimenez, que cresceu comento insetos na sua infância em Puebla, México, serve molho de cigarras, ou coloca os insetos em sopa de batatas, o que acrescenta cremosidade e um sabor de nozes.

Lai também está interessado em usar espécies de insetos invasivos, como os gafanhotos. As cigarras são uma introdução, afirmou. Ele está capitalizando o momento das Brood X no sol para abrir as mentes das pessoas e levá-las a consumir alimentos biologicamente diversificados. O sushi está em toda parte nos Estados Unidos e Lai acredita que o mesmo ocorrerá com os insetos.

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Comentários

  1. As cigarras são consumidas em muitos países, do México à Tailândia e o Congo, nesses lugares, as pessoas amam comer insetos. São ricas em proteínas, custam menos do que muitas carnes, são eficientes na terra e pelo fato de emergirem em números espantosamente elevados, comê-las não prejudica a espécie.

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  2. Essa iguaria não me atrai, mas sei que mal não faz, pelo contrário, mas gosto não se discute.

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  3. Por enquanto sou cético quanto a ingestão de insetos, mas para não morrer de fome, até comeria. Graças a Deus esse não é o caso neste momento.

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