UMA EXTINÇÃO EM MASSA QUASE DIZIMOU OS TUBARÕES SEGUNDO REGISTROS FÓSSEIS DE SEUS DENTÍCULOS DÉRMICOS.

As extinções que destruíram uma grande variedade de espécies reformularam a história da Terra. Normalmente desencadeados por uma significativa mudança ambiental, como o impacto de um asteroide ou uma mudança drástica do clima, os estudos desses eventos dão aos cientistas uma visão próxima de como a vida se recupera após um cataclisma. Os pesquisadores acreditam que agora conseguiram precisar uma recuperação em escala planetária, antes desconhecida, que se verificou há cerca de 19 milhões de anos.

Uma extinção maciça ocorreu também nos oceanos do mundo e dizimou as populações de tubarões. Alguns tipos de peixes ainda não se recuperaram dos danos, sugerem os estudiosos num artigo publicado na revista Science.
                                                      


Escamas cobrem o corpo, e mesmo o globo ocular, dos tubarões. Conhecidas como dentículos dérmicos, as escamas são microscópicas – da largura de um fio de cabelo humano – mas os tubarões desprendem cerca de 100 dentículos para cada dente que perdem, o que faz com que sejam comuns nos registros de fósseis. Esse acervo é valioso para os cientistas que procuram entender o passado.

Em 2015, Sibert recebeu uma caixa de lama abarcando 40 milhões de anos de história. A lama vermelha, vinda de dois núcleos de sedimentos que foram extraídos do leito do Oceano Pacífico, continham dentes de peixes, dentículos de tubarões e outros microfósseis marinhos, no meio de sua análise, Sibert observou uma mudança abrupta no registro de fósseis. Há 19 milhões de anos, a proporção de dentículos de tubarões em comparação com os dentes de peixes mudava drasticamente.

Amostras mais antigas no geral tinham aproximadamente um dentículo para cada cinco dentes de peixes (uma proporção de cerca de 20%), mas em amostras mais recentes a proporção era mais próxima de 1%. O que significava que os tubarões repentinamente se tornaram muito menos comuns em comparação com os peixes, durante uma era conhecida como Mioceno Inferior.

Os tubarões desapareceram quase totalmente, havia muitos e depois quase nenhum. Apenas uma pequena fração sobreviveu a mudança do clima. Na verdade, esse evento provavelmente foi ainda mais desastroso para os tubarões do que o impacto do asteroide que exterminou os dinossauros, há 66 milhões anos.

Os efeitos dessa extinção provavelmente se fizeram sentir no mundo todo. Os resultados consistentes dos dois núcleos de sedimentos – separados por milhares de quilômetros, sugerem que o que ocorreu foi realmente um “evento global”, segundo dois paleontólogos, Catalina Pimiento da universidade de Zurique, e Nicholas D. Pyenson, da Smithsonian Institution, e não há evidências de mudanças climáticas importantes na era micênica e tampouco evidências de um impacto de algum asteroide nessa época.

Comentários

  1. Os tubarões desapareceram quase totalmente, havia muitos e depois quase nenhum. Apenas uma pequena fração sobreviveu a mudança do clima. Na verdade, esse evento provavelmente foi ainda mais desastroso para os tubarões do que o impacto do asteroide que exterminou os dinossauros, há 66 milhões anos.

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  2. Se a humanidade continuar a agredir severamente o meio ambiente, não vai precisar que nenhum asteroide caia sobre o nosso planeta, seremos dizimados pelas catástrofes climáticas.

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