O Brasil se tornou o primeiro país do mundo, em setembro, a autorizar a venda do Bovaer, aditivo que, misturado à ração, reduz em até 90% as emissões de gás metano pelo gado de corte e em 30% as do gado leiteiro.
A pecuária gera 14,5% de todos os gases de efeito estufa no mundo. Liberando até 100 kg por ano de metano- gás cujo impacto é pelo menos 28 vezes maior que o do gás carbônico- o arroto e a flatulência do boi é a causa cabal do aquecimento global.
O Bovaer contém nitratos e álcool de base biológica que inibem microrganismos que geram metano no estômago do ruminante. Ao longo de uma década, 45 testes em centros de pesquisa de 13 países ,entre eles a UNESP, mostraram que ele não traz prejuízo ao animal, de forma alguma, nem a proteína animal.
Então, o Bovaer foi exatamente desenvolvido por uma empresa holandesa - fabricante de vitaminas, lipídios e outros ingredientes para as indústrias de alimentos e farmacêutica, mas que está liderando a corrida anti-arroto bovino, na qual competem de algas marinhas a um aditivo a base de extrato de alho ( o suíço Mootral, ainda em testes).
Uma semana depois do Brasil, o Chile também já autorizou o Bovaer - depois que nos certificamos de que o produto é tanto eficiente quanto seguro, protocolamos o Bovaer em vários países do mundo. E foi exatamente o Brasil, maior esportador de carne bovina do mundo, ter sido o primeiro a autorizar.
O Brasil tem sido reconhecido pelo pioneirismo em inovação na agropecuária, e essa é mais uma comprovação- diz o presidente da DSM holandesa para a América Latina.
Posto que o suplemento funciona , falta agora combinar com o dono do boi e conversar com fazendeiros, cooperativas e até com os grandes frigoríficos para implementar o produto de forma sustentável.
O vendedor do Bovaer se aproveita da má fama do pecuarista em relação ao meio ambiente para que os pecuaristas possam exibir a redução de suas pegadas de carbono. Sustentabilidade virou um atributo para os consumidores que exigem isso nos atributos que consomem e comem.
Uma limitação ao uso do Bovaer, é que a carne produzida no Brasil não poderá ser exportada, uma vez que para tal, o suplemento deverá ser aprovado também nos países de destino da carne brasileira.
A empresa DSM quer se reunir com as autoridades de vários países com produção relevante de ruminantes, abrangendo bovinos, ovinos e caprinos.
O Bovaer contém nitratos e álcool de base biológica que inibem microrganismos que geram metano no estômago do ruminante, demonstrando que ele não traz prejuízo ao animal, de forma alguma, nem a proteína animal que será consumida.
ResponderExcluirSe o Brasil priorizar as pesquisas, seremos pioneiros em quase tudo nas descobertas de todos os segmentos de tudo que está tecnologicamente envolvidos nos anti-poluentes e sustentabilidade climáticas e sócio ambiental, assim ecossistema.
ResponderExcluir