CRESCIMENTO POPULACIONAL E CONSUMISMO ESTÃO À FRENTE DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS NA ORIGEM E MAGNIFICAÇÃO DA MUDANÇA CLIMÁTICA.

Em março de 2020, a população mundial era estimada em 7,8 bilhões.Os demógrafos esperam que atinja 8 bilhões em cerca de 2023, 9 bilhões em 2037, 10 bilhões em 2056 e 11 bilhões em 2100. 

O consumo humano - o que significa o uso humano e a exploração dos recursos da Terra - é impulsionado por três coisas: (A) crescimento populacional (B) desenvolvimento econômico e (C) ganância. Esses três fatores juntos constituem a causa raiz das mudanças climáticas. O impacto dos dois primeiros ficará muito pior com o passar do século. O terceiro pode muito bem nos impedir de encontrar soluções necessárias.

                                                   

Parte do maior crescimento ocorre nas áreas mais pobres, onde as famílias são numerosas. Veja a Etiópia, por exemplo. Quando a fome atingiu o país em 1985, a população do país era de 36 milhões. A fome acabou, e sua população atual é agora de 112 milhões. Em 1960, havia apenas 28 milhões de pessoas em todo o país. 

É o consumo de recursos por essa massa da humanidade (como água, alimentos, habitação, calor, energia, transporte, serviços de saúde e bens materiais) que leva à queima de carvão e gás natural para energia e petróleo para transporte. 

A combustão de quantidades cada vez maiores de combustível fóssil produz emissões cada vez maiores de gases do efeito estufa, que leva ao aquecimento global.

Mas é tudo por causa do enorme aumento da população global. Mais pessoas precisam de mais alimentos, mais energia, mais casas e mais coisas, e tudo isso causa mais emissões e mais aquecimento global.

Infelizmente, a porcentagem de energia fornecida por energia renovável e  limpa quase não mudou nos últimos 20 anos. Em 2000, carvão, petróleo e gás natural representaram 86% do consumo mundial de energia.

A população global deve ser 28 por cento maior em 2056 e 41 por cento maior em 2100. Alguns especialistas já dizem que isso provavelmente causará um aumento na demanda por alimentos entre 50 e 90 por cento, até 2050. 

Alguns líderes políticos já estão exigindo mais desmatamento e mais espaço para o gado. Porém, mais desmatamento e mais gado criarão mais emissões de dióxido de carbono e metano, o que simplesmente aumentará o aquecimento global,

O calor excessivo pode desestabilizar a vernalização no trigo, ou causar esterilidade de espiguetas no arroz, ou reduzir a viabilidade do pólen no milho. Durante a floração, por exemplo, os rendimentos das colheitas podem sofrer reduções severas se as temperaturas excederem os limites críticos por pelo menos 1 hora.

A Organização Mundial da Saúde prevê que, em 2025, 50% da população mundial viverá em áreas com escassez de água. Além do mais, o calor extremo leva inevitavelmente à elevação dos mares que podem inundar campos férteis do delta, bem como terras costeiras e pântanos, destruindo valiosas terras agrícolas e deslocando centenas de milhões de pessoas.