HIDROGEL COM LIGA DE METAL LÍQUIDO EM INVÓLUCRO ELÁSTICO DEVE PRODUZIR ELETRICIDADE DENTRO D'ÁGUA APROVEITANDO AS ONDAS DO MAR.

Embora já existam vários dispositivos que geram eletricidade por meio do movimento, a maioria deles só funciona em ambientes secos. O novo dispositivo é capaz de operar mesmo debaixo de água, o que amplia significativamente o leque de suas possíveis aplicações.

Desenvolvido por pesquisadores da North Carolina State University, o novo dispositivo flexível e macio converte o movimento em eletricidade e pode funcionar em ambientes úmidos. A eletricidade pode ser gerada a partir da energia cinética do vento, das ondas, do movimento do corpo e das vibrações do motor.

                                     

Este gerador de energia experimental consiste em um núcleo de liga de metal líquido de baixa toxicidade composto de gálio e índio envolto em uma tira elástica e flexível de hidrogel. O hidrogel é um polímero biocompatível que incha com a água (semelhante a lentes de contato ou gelatina).

A água do hidrogel contém sais dissolvidos chamados íons. Os íons se acumulam na superfície do metal, o que pode induzir uma carga no metal. Quando esticado, esmagado ou torcido, a superfície do metal se expande. Isso fornece mais área de superfície para atrair uma carga e sua capacitância também aumenta, gerando uma corrente elétrica. Essa corrente viaja por um fio elétrico conectado ao dispositivo, permitindo que a eletricidade seja usada ou armazenada.

Em testes de laboratório, os pesquisadores descobriram que deformar o gerador de energia de metal líquido em apenas alguns milímetros gera uma densidade de energia de aproximadamente 0,5 miliwatts por metro quadrado. Ao contrário de outros geradores de energia, este pode operar completamente submerso em água e em condições úmidas.

Os pesquisadores agora estão trabalhando para melhorar a eficácia da tecnologia. Além disso, eles já têm dois projetos relacionados em andamento: um deles visa usar a tecnologia para alimentar dispositivos portáteis aumentando a potência do gerador, enquanto o segundo projeto avalia como essa tecnologia poderia ser utilizada para captar energia das ondas do mar.