POUCOS SABEM CUIDAR BEM DAS PLANTAS E FAZEM POUCO CASO DESSA CONDIÇÃO POR NÃO AS AMAREM VERDADEIRAMENTE.

Cuidar de plantas exige, trabalho e carinho. Não basta apenas regar todos os dias (ou semanas) à mesma hora e com a mesma quantidade de água. Não basta trocar a terra, pesquisar a adubação apropriada, respeitar a proporção entre vasos e plantas e a correta exposição à luz, ao calor e à umidade. 

Quando vejo um belo jardim, mesmo que diminuto, mas viçoso, bem cuidado e longevo, logo penso: que trabalho, que carinho. Não é suficiente ter mão boa, cabeça boa, coração bom. É tudo isso e mais muita coisa de mistério.

                                               


De uns anos para cá que aprendi a cuidar um pouco melhor de minhas plantas. Até há pouco tempo, não conseguia fazer nada durar. Nem a roseira mais jovem e sensível nem a suculenta mais experimentada e resistente. Todas as plantas que chegavam à minha casa mantinham o encanto por algumas semanas, no máximo meses, e se engajavam no que parecia ser um inevitável processo de definhamento. Definhavam discretamente.

Simplesmente começavam a perder a cor, o tom, e então lentamente envergavam suas hastes tristes em direção ao solo. Era tarde. Ou quase: replantadas em outros jardins, logo recuperavam o viço.Assim, foi com satisfação que constatei que, no meu quintal pessoal, com o tempo, as coisas melhoraram. Com o tempo e esforço. Com o tempo e carinho. 

É difícil entender,, honestamente, o segredo das plantas. Sei que não é nem tempo nem esforço nem carinho, unicamente, embora careçam disso tudo. Às vezes parecem estar aí justamente para me provar isto: que não sou capaz de decifrá-las. Irritam-me. Aborreço-me. 

Não desisto. Ainda não sei, honestamente, o segredo das plantas. Mas já não me preocupo tanto, apenas confio. Sigo com trabalho e carinho, mais um bocado de instinto.Sigo os meus sentidos. Rendi-me ao mistério das plantas.«

                                        


Comentários

  1. É difícil entender,, honestamente, o segredo das plantas. Sei que não é nem tempo nem esforço nem carinho, unicamente, embora careçam disso tudo. Às vezes parecem estar aí justamente para me provar isto: que não sou capaz de decifrá-las.

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