O CORONAVÍRUS É APENAS UM DOS NOVOS MONSTROS QUE PODEM AINDA VIR POR AÍ COM O DEGELO DAS CALOTAS POLARES.

Estamos vivendo em tempos estranhos, onde em um lado do mundo um continente inteiro está queimando enquanto do outro lado há degelo de icebergs inteiros, e em outras regiões tempestades de neve massivas (Austrália versus Canadá oriental).  

Os cientistas têm usado núcleos de gelo para estudar coisas diferentes sobre a história da Terra, como a composição dos gases atmosféricos e mudanças de temperatura, mas esta é a primeira vez que temos uma visão verdadeira das bactérias virais, vírus e vetores de doenças que existiram e estão enterrados em Geleiras e desertos de gelo da Terra. 

                                                   

Eles foram capazes de isolar 33 populações virais diferentes, várias delas ligadas a gêneros conhecidos, mas 28 eram novos gêneros virais , baseados em redes de compartilhamento de genes. Isso mesmo, 28 novas populações virais que o mundo moderno nunca encontrou (até onde sabemos) antes. E fica melhor, mais da metade deles tem coisas em comum com bactérias infecciosas, o que significa que podem infectar vários hospedeiros. Isso veio de apenas duas amostras em uma região específica - basta pensar em todos os diversos micróbios que estão se escondendo em outras geleiras. 

No início deste ano, em fevereiro, uma temperatura recorde de 18,5 ° C (ou 65,3 F) foi medida na Antártica . Com o aumento das temperaturas da Terra e dos oceanos, as geleiras ao redor do mundo estão diminuindo rapidamente. Isso pode potencialmente liberar micróbios e vírus glaciais que foram aprisionados e preservados por dezenas a centenas de milhares de anos.Lembre-se de que os vírus e bactérias não serão destruídos pelo frio.  O derretimento do gelo pode liberar patógenos no meio ambiente.

Esperamos que estudos futuros nos permitam compreender melhor o “arquivo congelado” do passado da Terra e nos preparar melhor para o coronavírus pré-histórico ou outros vírus que nos aguarda.