O DECLÍNIO DA BIODIVERSIDADE COM SEUS EFEITOS NEGATIVOS SOBRE OS ECOSSISTEMAS.

A diminuição de espécies vegetais nas bacias pode ocorrer pela substituição de espécies nativas por outras de interesse comercial ou pelo aparecimento de doenças infecciosas.

Pesquisas recentes indicam que essa perda de espécies altera os processos fundamentais que compõem o funcionamento do ecossistema fluvial, fundamentalmente: em geral, as vias microbianas são favorecidas em detrimento de processos mediados por organismos aquáticos e a eficiência do ecossistema no uso dos recursos de origem diminui.

                               

Embora o impacto que isso tem ao nível dos serviços ecossistêmicos ainda não tenha sido quantificado, os efeitos negativos na qualidade da água, na produção de recursos alimentares ou no valor paisagístico e recreativo são mais do que prováveis.

Também é importante enfatizar que diferentes áreas do planeta podem ser afetadas de forma diferente pela perda de biodiversidade. Primeiro, as taxas de extinção não são homogêneas. Atualmente, afetam principalmente países em desenvolvimento, com alguns focos na América do Sul e Sudeste Asiático.

Em segundo lugar, o mesmo tipo de ecossistema às vezes pode funcionar de forma diferente em diferentes zonas climáticas. Assim, nas cabeceiras dos rios, as comunidades de invertebrados que processam o lixo em zonas temperadas e tropicais utilizam diferentes estratégias no uso desse recurso.

Nas áreas tropicais, a perda da biodiversidade vegetal tem maiores consequências funcionais do que nas temperadas. É por isso que nesses países a proteção da biodiversidade deve ser uma prioridade ainda maior, e isso é exatamente o contrário do que realmente acontece.