PEIXES DE ÁGUA DOCE DEVEM DESAPARECER ANTES DA VIDA TERRESTRE E INDICAM A ESCASSEZ DA OFERTA DE ÁGUA POTÁVEL PARA OS HUMANOS.

Os habitats de água doce são alguns dos mais ameaçados da Terra, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), com as espécies dependentes de água doce "extinguindo-se mais rapidamente do que a vida selvagem terrestre ou marinha".

O peixe Tequila, que voltou a aparecer quase duas décadas depois de ter sido declarado extinto. Desaparecido" desde 2003, Zoogoneticus tequila reapareceu recentemente ( 2021) em rios do sudoeste do México.

                                             

Um programa de reintrodução do peixe Tequila está sendo apontada como um exemplo de como ecossistemas e espécies de água doce podem ter salvação.

Ameaças, a exemplo da poluição, continuam a exercer pressão não apenas sobre a vida selvagem, mas também sobre a água potável e a oferta de alimentos que dependem de rios e lagos.

Somente com a ajuda da comunidade local (pessoas que vivem perto do local de soltura do peixe Tequila no Estado mexicano de Jalisco) está sendo possível recuperar a população das espécies de peixes de água doce no México e que sirva de exemplo para outros sistemas lacustres espalhados pelo mundo, com um trabalho de monitoramento constante da qualidade da água dos rios e lagos.

Esta foi a primeira vez que uma espécie de peixes considerada extinta foi reintroduzida com sucesso no México. Então é um verdadeiro marco para a conservação. É um projeto que já abriu um precedente importante para a futura conservação de muitas espécies de peixes do país que estão ameaçadas ou mesmo extintas na natureza, mas que raramente chamam a  atenção.

Embora os conservacionistas inicialmente tenham liberado 1.500 peixes, eles dizem que a população agora está se expandindo e se recuperando.

Na preparação para a reintrodução, 40 machos e 40 fêmeas da colônia foram soltos em grandes lagos artificiais na universidade, essencialmente para treinar os peixes criados em cativeiro preparando-os para um ambiente selvagem com recursos alimentares flutuantes, competidores potenciais, parasitas e predadores.

Espera-se que possa ser um modelo para outras espécies de água doce, incluindo o achoque, um parente próximo da salamandra axolotl que vive em apenas um lago no norte do México e que enfrenta ameaças muito semelhantes. Este anfíbio único, que segundo a cultura local tem propriedades curativas, foi salvo da extinção, em parte, por um grupo local de freiras que administram um criadouro de animais em cativeiro.