SOMENTE 45% DOS BRASILEIROS SE ALIMENTAM BEM E OS DEMAIS SÃO SUBNUTRIDOS

Técnicos do Fórum Econômico de Davos e da ONU afirmaram, na Cúpula Mundial dos Sistemas Alimentares, que o sistema alimentar do mundo está “quebrado”. Um novo relatório apontou que 9% da população brasileira passa fome, outros 11,5% sofrem com insegurança alimentar moderada e 34,7% insegurança leve. Deste percentual, apenas 44,8% dos brasileiros se alimentam bem.

A falta de alimentos impacta sociedades ao redor do mundo, esse problema crescerá cada vez mais, se as autoridades não tomarem providencias. 

                                             


O Relatório Global de 2021 produzido por agências da Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por avaliar o impacto global da pandemia, aponta que, em 2020, mais de 2,3 bilhões de pessoas (30% da população mundial) não tiveram acesso à alimentação saudável, sendo este um dos fatores mais importantes para a prevenção da obesidade infantil e doenças associadas.

Atrelado a escassez de alimentos, a má alimentação está presente de forma intensa, com crianças pagando um alto preço. Dados da ONU de 2020 estimam que mais de 149 milhões de menores de cinco anos sofreram de atraso de crescimento ou possuíam uma estatura muito baixa para sua idade; mais de 45 milhões – debilitadas ou muito magras para sua altura; e quase 39 milhões – acima do peso.

Três bilhões de adultos e crianças não conseguem acessar comidas saudáveis, em grande parte devido ao aumento da pobreza e a inabilidade de adquirir verduras, carne e laticínios, itens cujos preços seguem em ascensão. Hoje, 70% da população global serve suas refeições com frutos da agricultura familiar e camponesa; e apenas 30% da população mundial é alimentada pela cadeia alimentar industrial.

A fome no Brasil é um problema crônico e político.  A  situação de insegurança alimentar é agravada conforme avançamos na análise interseccional de gênero, raça e territorial. Estão em maior risco os lares chefiados por mulheres negras ou pardas e de baixa escolaridade. O acesso à alimentação de qualidade também é reduzido entre essas famílias.

Mesmo quando o Brasil saiu do Mapa da Fome, em 2014, mantiveram-se situações de fome entre indígenas, quilombolas e povos tradicionais. Segundo Menezes, faltou ao Brasil a democratização do acesso à terra e uma política nacional de abastecimento, cuja ausência provoca reflexo direto no preço dos alimentos atingindo desproporcionalmente a população mais pobre.

Comentários

  1. Um novo relatório apontou que 9% da população brasileira passa fome, outros 11,5% sofrem com insegurança alimentar moderada e 34,7% insegurança leve. Deste percentual, apenas 44,8% dos brasileiros se alimentam bem.

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  2. A desigualdade social é sem dúvida uma das razões para esses parâmetros ocorrerem.

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