O CERRADO NA ERA DO FOGO PARA EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO COM AS COBRAS E LAGARTOS SUMINDO DO MAPA.

Pesquisadores se esforçam para entender a evolução dos impactos do fogo sobre as criaturas do Cerrado. A porcentagem de lagartos que morrem [nesses incêndios] não é tão alta, mas os dados de mortalidade não estão disponíveis para cobras porque elas habitam áreas maiores.

                                            


Em geral, os incêndios de limpeza de paisagem favorecem as espécies de pastagem que gostam de sol; sob este novo regime, os habitantes da floresta diminuem.

Durante metade do ano, a região pode ficar tão árida quanto um deserto e a vegetação se inflama regularmente. Mas as plantas e animais do Cerrado se adaptaram para sobreviver ao fogo, convivendo com seus impactos por milênios. Sistemas radiculares subterrâneos maciços mantêm vivas as gramíneas carbonizadas. Alguns animais e pássaros conseguem escapar; outros, incluindo muitos répteis, bunker em buracos ou tocas. 

Mas agora, a ordem natural foi perturbada. Os incêndios queimam com muita frequência, muito calor ou na época errada do ano, colocando essas plantas e animais bem adaptados em perigo. Os cientistas estão correndo para entender o novo regime de fogo e seus efeitos sobre a vida selvagem.

As mudanças climáticas e o desmatamento tornaram a região muito mais quente; as chuvas estão diminuindo e a seca cada vez mais profunda está alimentando incêndios mais frequentes e intensos que engolem grandes pedaços de habitat. Com a paisagem fragmentada por fazendas, sítios, cercas, estradas, vilas e cidades, às vezes não há para onde os animais fugirem.

O agronegócio contribui para o problema do fogo: a maioria dos produtores queima suas terras anualmente para limpar para o plantio. Os fazendeiros incineram grama alta que as vacas não comem.

Há pouca ação governamental para conservar o Cerrado brasileiro. Atualmente, apenas 3% do bioma está sob estrita proteção; outros 5% são “protegidos” como áreas de uso misto onde as pessoas vivem, cultivam, criam fazendas e são legalmente obrigadas a conservar a terra .

Muitos lagartos e cobras vivem em tocas, pequenas cavidades ou cupinzeiros, onde ficam protegidos do calor, do fogo e onde descansam e põem ovos”, que inclui até espécies grandes, como cobras de um metro e meio ou um metro e oitenta. Eles costumam “compartilhar” essas cavidades e túneis com os tatus, roedores ou outros animais que os cavam. Cobras, por exemplo, põem ovos sob cupinzeiros.

                Assista: TV Online : https://vmaisciencia.agoranaweb.com.br/

Comentários

  1. Muitos lagartos e cobras vivem em tocas, pequenas cavidades ou cupinzeiros, onde ficam protegidos do calor, do fogo e onde descansam e põem ovos.

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  2. É preciso ter equilíbrio na biodiversidade do solo para não tomar insuportável a vida de animais rasteiros.

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