A LUTA PARA PRESERVAR A JARARACA-ILHOA QUE HABITA A ILHA DAS COBRAS E É OBJETO DE BIOPIRATARIA.

Na luta pela sua preservação, a jararaca-ilhoa foi descrita como uma nova espécie (Bothrops insularis) em 1921 pelo diretor do Butantan à época, Afrânio do Amaral, por ser diferente da jararaca do continente (Bothrops jararaca). Na ausência de pequenos mamíferos como ratos, principal presa da jararaca continental, a ilhoa desenvolveu habilidades para se alimentar das aves migratórias que têm a ilha em sua rota de migração. 

A população de jararacas-ilhoas na Queimada Grande ficou 50% menor. “A redução pode ter causa natural, mas temos fortes suspeitas de que esteja associada ao tráfico de espécimes da ilha, inclusive por pessoas que alegam serem pesquisadores para conseguir acesso ao local”. A ilhota, com 1,5 km de extensão e largura de até 500 m, faz parte da Área de Proteção Ambiental do Litoral Centro e o acesso precisa ser autorizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

                                          


Um ambiente parecido com o da quase inacessível Ilha da Queimada Grande, na costa de Itanhaém, litoral sul de São Paulo, está sendo construído no coração da capital para garantir a preservação do habitante insular mais famoso: a temida jararaca-ilhoa. A cobra, que em todo planeta só ocorre nos 43 hectares da ilhota, é vítima da biopirataria e está seriamente ameaçada de extinção. Por isso, um plantel de salvaguarda é mantido no Instituto Butantan, em São Paulo. O novo centro de conservação irá replicar as condições naturais de clima e topografia da ilha para facilitar a reintrodução da espécie em seu habitat, se for preciso.

Em 1914 foi inaugurado o serpentário, uma das atrações do instituto. Atualmente, ele abriga mais de mil serpentes e todas as espécies são objeto de estudos.Entre as cobras insulares, além da jararaca-ilhoa, os pesquisadores estudam a jaraca-de-alcatraz, espécie exclusiva da Ilha dos Alcatrazes, na costa de São Sebastião, além de jararacas nativas da Ilha da Moela, no Guarujá, também no litoral paulista.

Comentários

  1. A população de jararacas-ilhoas na Queimada Grande ficou 50% menor. “A redução pode ter causa natural, mas temos fortes suspeitas de que esteja associada ao tráfico de espécimes da ilha.

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  2. O país está mergulhado em todas as formas inimagináveis de tráfico, é lamentável é inaceitável.

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