O FASCÍNIO BIOLÓGICO DE FÊMEAS PARTENOGENÉTICAS QUE GERAM PROLE SEM A PARTICIPAÇÃO DO ESPERMA.

A reprodução sexual envolve uma fêmea e um macho, cada um contribuindo com material genético na forma de óvulos ou esperma, para criar uma prole única. Fêmeas de algumas espécies são capazes de produzir ovos contendo todo o material genético necessário para a reprodução. As fêmeas dessas espécies, que incluem algumas vespas, crustáceos e lagartos, se reproduzem apenas por partenogênese obrigatória.

Um dragão-d'água-chinês eclodiu de um ovo no Smithsonian National Zoo, um zoológico em Washington, nos Estados Unidos, o que deixou os tratadores chocados. Por quê? A mãe do pequeno réptil nunca tinha estado com um macho antes. Por meio de testes genéticos, os cientistas do zoológico descobriram que a fêmea havia sido gerada por meio de um modo reprodutivo chamado partenogênese.

                                                      


Entre 1997 e 1999, uma serpente mantida no zoológico de Phoenix deu à luz dois filhotes machos que sobreviveram até a idade adulta. Se uma fêmea acasalasse com seu filho produzido partenogeneticamente, isso constituiria consanguinidade.

Os biólogos observaram, por longos períodos de tempo, que as espécies que se reproduzem por partenogênese frequentemente morrem de doenças, parasitismo ou mudanças no habitat. A endogamia inerente às espécies partenogenéticas parece contribuir para curtos cronogramas evolutivos.                                                 

Embora muitas pessoas possam presumir que esse tipo de gestação é assunto da ficção científica ou de textos religiosos, a partenogênese é surpreendentemente comum em toda a árvore da vida e é encontrada em uma variedade de organismos, incluindo plantas, insetos, peixes, répteis e até pássaros. Já os mamíferos, incluindo os seres humanos, precisam de certos genes oriundos do esperma, então eles são incapazes de partenogênese.

Um grande número de espécies experimenta partenogênese espontânea, processo mais bem documentado em animais mantidos em ambientes de zoológico, como o dragão-d'água-chinês no Smithsonian National Zoo ou um tubarão-de-pontas-negras-do-recife no Aquário de Virgínia, também nos Estados Unidos. Os partenógenos espontâneos geralmente se reproduzem sexualmente, mas podem ter ciclos ocasionais que produzem óvulos prontos para o desenvolvimento.

Os cientistas aprenderam que a partenogênese espontânea pode ser um traço hereditário, o que significa que as fêmeas que experimentam de repente a partenogênese podem ter mais probabilidade de ter filhotes capazes de fazer o mesmo.

Para que a partenogênese aconteça, uma cadeia de eventos celulares deve ocorrer com sucesso. Primeiro, as fêmeas devem ser capazes de criar óvulos (oogênese) sem estimulação de espermatozoides ou acasalamento. Em segundo lugar, os ovos produzidos pelas fêmeas precisam começar a se desenvolver por conta própria, formando um embrião em estágio inicial. Finalmente, os ovos devem chocar com sucesso.

Os eventos que desencadeiam a partenogênese ainda não são totalmente compreendidos pela ciência, mas parecem incluir mudanças ambientais. Em espécies que são capazes de reprodução sexuada e partenogênese, como os pulgões, fatores estressantes como aglomeração e predação podem fazer com que as fêmeas mudem da partenogênese para a reprodução sexuada, mas não o contrário. Em pelo menos um tipo de plâncton de água doce, a alta salinidade parece causar a mesma mudança.

Comentários

  1. A partenogênese é surpreendentemente comum em toda a árvore da vida e é encontrada em uma variedade de organismos, incluindo plantas, insetos, peixes, répteis e até pássaros. Já os mamíferos, incluindo os seres humanos, precisam de certos genes oriundos do esperma, então eles são incapazes de partenogênese.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Nossa intenção é proporcionar aos leitores, uma experiência atualizada sobre os fatos globais que possam ser discutidos
e possam provocar reflexões sobre o modelo de sustentabilidade
que desejamos adotar para garantir agora e no futuro a qualidade
de vida para todas as espécies da Terra.