QUAL É O CLIMA QUE DEIXAREMOS PARA OS NOSSOS FILHOS E NETOS E DEMAIS CRIANÇAS "PARA ELES LEVAREM SUAS VIDAS"?

Hoje, todos os meninos e meninas do planeta estão expostos a ao menos um risco climático e ambiental, como ondas de calor, ciclones, poluição do ar, inundações e escassez de água. Milhões deles já vivem em situação que combina mais de uma dessas ameaças, o que aumenta as chances de afetar gravemente seu desenvolvimento.

Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 820 milhões de crianças – mais de 1/3 do total no mundo – estão atualmente expostas a ondas de calor, com alto risco para a saúde; e uma a cada sete crianças no mundo vivencia situações de inundações fluviais e fica exposta aos riscos inerentes a elas: doenças causadas por água contaminada, perda de condições mínimas de moradia, risco de fome.

                                   


 

Mais: 920 milhões de crianças – mais de 1/3 dos pequenos em todo o planeta – sofrem com escassez de água; e 2 bilhões dos nossos pequenos (quase 90% das crianças no mundo) respiram o ar com nível de poluição muito acima do recomendável. A poluição é especialmente danosa durante o desenvolvimento fetal e os primeiros anos de vida, podendo levar ao aparecimento de doenças crônicas e até à morte.

Todos os anos, 570 mil crianças entre zero e 5 anos morrem de doenças respiratórias, como a pneumonia, no mundo. Anualmente, a poluição é fatal para 633 crianças brasileiras com menos de 5 anos.

Aqui, na Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, nos ocupamos dos primeiros anos de vida das crianças e de como garantir que todas tenham assegurado seu direito a um desenvolvimento pleno, nas dimensões física, cognitiva e socioemocional.


A degradação da natureza traz doenças na mesma medida em que o contato saudável com ela promove saúde. Durante o isolamento causado pela pandemia de covid-19, uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro aferiu que 1/5 (19,4%) das crianças brasileiras de até 5 anos estavam nos níveis de atenção no que se refere à saúde mental. O estudo mostrou que o convívio ao ar livre e a atividade física regular são as principais medidas de proteção para evitar esse quadro.Outras inúmeras pesquisas já comprovaram o efeito positivo do convívio de crianças com a natureza. Atividades e contato com ambientes naturais contribuem para a força motora, o equilíbrio e a coordenação das crianças, podendo reduzir a tristeza, a raiva e a fadiga, melhorar a atenção e as demais funções cognitivas. Exposição regular à luz natural e ao verde pode ajudar diabéticos a alcançar níveis saudáveis de glicose no sangue.


Precisamos priorizar os compromissos que temos com o clima, com o meio ambiente e, consequentemente, com a proteção e o desenvolvimento de nossas crianças. Elas são as maiores vítimas das mudanças climáticas, portanto, é imprescindível ter disciplina de efetivamente preservar o planeta. •

Comentários

  1. Seguramente, não será o presidente Putin que vai pensar no clima ou muito menos nas crianças em seu desamparo e sofrimento.

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